terça-feira, 11 de setembro de 2012

Haddad inaugura ataques a Russomanno: 'não tem proposta'


O candidato do PT à prefeitura de São Paulo participou, nesta segunda-feira, de uma grande caminhada a partir da Praça Ramos Azevedo até a Praça da República. Haddad estava acompanhado de algumas centenas de pessoas no chamado Dia Lilás, data em homenagem às mulheres. E, pela primeira vez, de forma direta, o petista fez ataques mais claros ao candidato Celso Russomano, do PRB e primeiro colocado na pesquisas de inteções de voto.

"É um candidato que não tem proposta. Não tem proposta para saúde, educação ou transporte público. Só fica na TV agradecendo. É obrigado, obrigado e obrigado. No debate, eu perguntei a ele porque ele era contra o bilhete único mensal, e ele disse que não sabia sobre as finanças. Se não sabe, vai aprender primeiro e depois se candidata", afirmou em discurso à militância. 

A deputada estadual Lecy Brandão e a mulher de Haddad, Ana Estela, estavam presentes, assim como a ex-prefeita Marta Suplicy e o senador Eduardo Suplicy. Na ocasião, Haddad também atacou o candidato do PSDB, José Serra. "Ele vai continuar o que foi reprovado por 80% da população de São Paulo", afirmou. Marta complementou dizendo que Serra é o rei do "enrolation e do embromation".

A gestão Serra-Kassab foi alvo de críticas de Haddad. Ele afirmou que a atual administração foi a que menos produziu moradias na história - 15 mil em 8 anos, segundo ele. O petista prometeu 55 mil novas moradias em quatro anos, ancorado no programa do governo federal "Minha Casa, Minha Vida". Haddad ainda afirmou que São Paulo não admitir intolerância e, para ilustrar, citou vários tipos de preconceito, como os contra as mulheres, raças e religiões.

Em entrevista, mais críticas a Russomanno

Depois da tumultuada caminhada e de discurso, Haddad também concedeu entrevista coletiva e manteve a estratégia de criticar o discurso e o plano de governo de Russomanno, líder das pesquisas. Ele também se mostrou contrário à proposta do candidato do PRB, que pretende agregar os vigilantes particulares às Polícias.

"Um propõe uma continuidade reprovada", disse sobre Serra. "O outro, bem cotado na pesquisas e sem projeto. São Paulo é a quinta maior cidade do mundo. Precisa de projeto para a cidade. Medidas cosméticas não vão resolver os problemas", acrescentou. Em seguida, fez críticas mais específicas.

"Não tomei conhecimento de metas, de projetos do orçamento. Os poucos balões de ensaio soltados por ele não têm consistência. Temos o problema da saúde desde os postos de saúde (...) e a solução é aumentar o salário em um passe de mágica? O problema da saúde exige mais conhecimento do setor que um palpite não baseado em estudos, nada".

"A segurança só será dada onde tem vigia noturno? A maioria dos bairros de São Paulo não tem. Não faz sentido. São balões de ensaio", reclamou Haddad. 

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