quinta-feira, 18 de abril de 2013

Nomeação de assessor de Barbosa para fundo ofende a moralidade, dizem juízes

Associação ataca a escolha de Wellington Geraldo Silva para presidir o Funpresp-Jud
Bruno Lupion - O Estado de S. Paulo
O presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Renato Santana, disse nesta quarta-fera, 17, ter ficado "estarrecido" com a nomeação de Wellington Geraldo Silva, assessor de imprensa e biógrafo do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, para presidir o conselho deliberativo do milionário fundo de previdência dos servidores do Judiciário - o Funpresp-Jud.
Santana avalia que Silva, "a princípio", não tem preparação técnica para o cargo ao qual foi indicado e é próximo demais de Barbosa para exercer a função. "Esses cargos não são feitos para serem preenchidos por amigos, admiradores ou pessoas do círculo próximo. O fundo vai gerir recursos vultosos", afirmou. Para o presidente da Anamatra, Silva e Barbosa têm uma relação privada - "ele é biógrafo do ministro, seja lá o que isso significa" - e sua nomeação para o Funpresp-Jud "resvala numa ofensa aos princípios da impessoalidade e da moralidade que devem nortear a administração pública".
Silva não é servidor do Judiciário, mas funcionário do Banco do Brasil (BB). Antes de assessorar Barbosa, foi gerente de Comunicação e Marketing da Previ, fundo de previdência do BB, por 9 anos.
A Anamatra foi contrária à criação do Funpresp-Jud e contesta, no STF, a aprovação da reforma da Previdência, que abriu caminho para a criação de fundos de previdência complementar dos servidores públicos. No entanto, Santana disse que é dever da categoria fiscalizar a administração dos recursos. "Nós questionamos no STF a própria existência do fundo, mas nem por isso vamos ficar vendo ele ser administrado por pessoas que não têm experiência na área", criticou.


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Do Blog O Esquerdopata.

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