29 de maio de 2013 • 20h34 • atualizado 21h41
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco
Central aumentou nesta quarta-feira a taxa básica de juros (Selic) em
0,50 ponto percentual, para 8% ao ano. A votação foi unânime. A elevação
segue o movimento iniciado na reunião de abril, quando a taxa subiu
pela primeira vez desde julho de 2011. Até o fim do ano, segundo
expectativas do mercado, a taxa básica de juros deve chegar a 8,25%. » Rendimento da poupança fica maior
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Com
a decisão o BC mostra que está priorizando o combate à inflação, a
despeito do fraco crescimento econômico no primeiro trimestre deste ano,
e que vê com preocupação o aumento das expectativas de inflação, que já
começaram a minar a confiança do consumidor e empresariado."O
comitê avalia que essa decisão contribuirá para colocar a inflação em
declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano",
informou o Copom em comunicado. Votaram pela decisão os seguintes
membros do comitê: Alexandre Tombini (Presidente), Aldo Luiz Mendes,
Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Hamilton Vasconcelos
Araújo, Luiz Awazu Pereira da Silva, Luiz Edson Feltrim e Sidnei Corrêa
Marques.Recentemente, o presidente do BC, Alexandre
Tombini, sinalizou maior a possibilidade de mais agressividade na
política monetária para domar a inflação, ao retirar de sua linguagem a
palavra "cautela" e adotar o termo tempestivamente. Os comentários
tornaram majoritárias as apostas no mercado de juros futuros de alta de
0,50 na Selic.Mesmo com a expansão decepcionante do
Produto Interno Bruto (PIB), de apenas 0,6% no primeiro trimestre deste
ano, comparado com o quatro trimestre de 2012, o Copom acelerou o ritmo
do aperto monetário iniciado em abril passado, quando a Selic saiu da
mínima histórica de 7,25% para 7,5%.Um dos motivos
que fizeram o Copom decidir pela alta é o consumo das famílias, que
apresentou crescimento de apenas 0,1% no primeiro trimestre, abalado
pela elevada inflação, a grande responsável pela queda nas vendas no
varejo no primeiro trimestre deste ano.O IPCA, em
12 meses, está bastante próximo do teto da meta do governo, de 6,5%. Os
analistas do mercado financeiro acreditam que a inflação deve fechar o
ano em 5,81% - dentro do intervalo de tolerância, que vai até 6,5%.
Aumentar a taxa básica de juros é um dos instrumentos de política
macroeconômica usados pelo governo para conter o avanço da inflação. Em
agosto de 2011, quando a Selic estava em 12,5% ao ano, o Copom deu
início ao processo de afrouxamento da política monetária para dar força à
economia nacional - impactada pelo desempenho frágil do crescimento
mundial. O Copom reduz a Selic para estimular a atividade econômica. No
sentido oposto, a taxa é elevada quando a autoridade monetária avalia
que a economia está muito aquecida, com alta dos preços. Então, o Copom
sobe a taxa para incentivar a poupança, desestimular o consumo e segurar
a inflação.Com informações de Reuters e Agência Brasil.
- Do Portal do Terra.com.br
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