"Espero que concluído o julgamento da Ação Penal 470, o Supremo, logo em
seguida, fixe uma data para que se inicie o julgamento desse caso.
Efetivamente já se passou muito tempo e é fundamental que esse
julgamento ocorra com a maior brevidade possível", avaliou o
procurador-geral da República, Roberto Gurgel; também conhecido como
mensalão mineiro, caso envolve três réus do mensalão petista, como o
empresário Marcos Valério, além de autoridades como o deputado federal
Eduardo Azeredo (PSDB-MG)
12 DE JULHO DE 2013
Minas247 - Procurador-geral da República, Roberto Gurgel disse nesta
sexta-feira que o processo do chamado mensalão tucano (ou mineiro) será
julgado antes das eleições de 2014. O caso envolve três réus do mensalão
petista -- o empresário Marcos Valério e seus ex-sócios Ramon
Hollerbach e Cristiano Paz -- e autoridades como o deputado federal
Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e o senador Clésio Andrade (PMDB-MG).
Segundo a denúncia, o esquema montado por Valério serviu para desvio de
verbas de estatais mineiras durante a campanha de Azeredo à reeleição ao
governo mineiro, em 1998. O caso começou a ser investigado pelo
Ministério Público em 2005 e está desde 2010 aguardando julgamento no
STF. O processo foi desmembrado e também tramita na Justiça mineira.
Outro réu envolvido é o ex-ministro e presidente do PSB em Minas,
Walfrido dos Mares Guia, cujos supostos crimes prescreveram porque ele
completou 70 anos no fim do ano passado. Clésio, que compunha chapa como
vice de Azeredo em 1998, também estava sendo julgado em primeira
instância, mas ganhou foro privilegiado ao assumir a vaga no Senado
aberta com a morte de Eliseu Resende (DEM-MG), em 2011.
Gurgel calcula que o início do julgamento deve ocorrer nos próximos
meses, assim que terminar a análise dos recursos apresentados pelos réus
do mensalão petista. "Espero que concluído o julgamento da ação penal
470 (mensalão), o Supremo logo em seguida fixe uma data para que se
inicie o julgamento desse caso. Efetivamente já se passou muito tempo e é
fundamental que esse julgamento ocorra com a maior brevidade possível",
avaliou, acrescentando: "Espero que no mais tardar no início do ano que
vem".
AP 470
Gurgel declarou nesta semana que gostaria de ver os réus condenados pelo
Supremo no processo do mensalão petista ao menos começarem a cumprir as
penas impostas pelos ministros antes de deixar o cargo. Seu segundo
mandato à frente da Procuradoria da República termina em agosto, quando o
Supremo deve analisar os recursos apresentados pelos condenados no
processo. Questionado se sente frustração pelo fato de os acusados
continuarem livre, foi direito: "confesso que sim".
"No Brasil nós temos um vezo de adiar muito a efetividade das decisões.
Foi um julgamento que tomou todo o segundo semestre de 2012 e até hoje,
na verdade, esse magnífico esforço do Supremo Tribunal Federal não teve
as consequências devidas", lamentou. "Que são, de um lado, a expedição
dos mandados de prisão em relação àqueles réus condenados a penas
privativas de liberdade, e de outro lado a perda de mandatos
parlamentares por aqueles que atualmente exercem esses mandatos",
completou.
Postado há 1 hour ago por Blog Justiceira de Esquerda
Do Blog Justiceira de Esquerda.
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