Segundo a polícia, não há elementos que possam configurar crime ou contravenção penal
Jornal do Brasil
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A Polícia Federal (PF) concluiu que os boatos envolvendo o Bolsa Família
foram espontâneos, e não há como afirmar que apenas uma pessoa ou grupo
tenham causado a corrida às agências da Caixa Econômica Federal no dia
18 de maio, um sábado. Segundo nota divulgada nesta sexta-feira, a PF
informa que o relatório final foi enviado ao Juizado Especial Criminal
do Distrito Federal.
...
A PF analisou diversas linhas investigativas para apurar se houve
articulação na divulgação do cancelamento do programa. Foram empenhados
esforços para apurar uma possível articulação coordenada para que os
boatos surgissem e ganhassem corpo.
Entre essas linhas de investigação, foi analisada a possível utilização
de redes sociais para propagação dos boatos. Foi identificada uma
postagem em uma rede social feita pela filha de uma beneficiária da
cidade de Cajazeiras informando sobre o saque antecipado de sua mãe.
Essa foi a primeira menção na internet a respeito do assunto. No
entanto, a postagem desta informação não foi a origem dos boatos. Assim
sendo, a internet e as redes sociais apenas reproduziram notícias
veiculadas pela imprensa sobre os tumultos em agências bancárias.
Da mesma forma, não ficou configurada a utilização de rádios
comunitárias, telemarketing ou empresa contratada para a disseminação da
informação de cancelamento do programa. Apenas uma beneficiária no Rio
de Janeiro noticiou ter recebido telefonema a respeito, depoimento que
não se repetiu em nenhuma outra ocasião.
O relatório da Polícia Federal aponta que o boato foi espontâneo não
havendo como afirmar que apenas uma pessoa ou grupo tenha causado os
boatos envolvendo o Programa Bolsa Família. Conclui-se, assim, pela
inexistência de elementos que possam configurar crime ou contravenção
penal.
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