sábado, 13 de julho de 2013

PF conclui que boatos envolvendo Bolsa Família foram espontâneos

Segundo a polícia, não há elementos que possam configurar crime ou contravenção penal
Jornal do Brasil

A Polícia Federal (PF) concluiu que os boatos envolvendo o Bolsa Família foram espontâneos, e não há como afirmar que apenas uma pessoa ou grupo tenham causado a corrida às agências da Caixa Econômica Federal no dia 18 de maio, um sábado. Segundo nota divulgada nesta sexta-feira, a PF informa que o relatório final foi enviado ao Juizado Especial Criminal do Distrito Federal.
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A PF analisou diversas linhas investigativas para apurar se houve articulação na divulgação do cancelamento do programa. Foram empenhados esforços para apurar uma possível articulação coordenada para que os boatos surgissem e ganhassem corpo.
Entre essas linhas de investigação, foi analisada a possível utilização de redes sociais para propagação dos boatos. Foi identificada uma postagem em uma rede social feita pela filha de uma beneficiária da cidade de Cajazeiras informando sobre o saque antecipado de sua mãe. Essa foi a primeira menção na internet a respeito do assunto. No entanto, a postagem desta informação não foi a origem dos boatos. Assim sendo, a internet e as redes sociais apenas reproduziram notícias veiculadas pela imprensa sobre os tumultos em agências bancárias.
Da mesma forma, não ficou configurada a utilização de rádios comunitárias, telemarketing ou empresa contratada para a disseminação da informação de cancelamento do programa. Apenas uma beneficiária no Rio de Janeiro noticiou ter recebido telefonema a respeito, depoimento que não se repetiu em nenhuma outra ocasião.
O relatório da Polícia Federal aponta que o boato foi espontâneo não havendo como afirmar que apenas uma pessoa ou grupo tenha causado os boatos envolvendo o Programa Bolsa Família. Conclui-se, assim, pela inexistência de elementos que possam configurar crime ou contravenção penal.

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