Publicado em 06/05/2010
Saiu no Valor, pág. A6, artigo de título “Um acordo em que a ditadura resolveu tudo”, de Maria Inês Nassif, a cordilheira que se ergue do vale de horrores do PiG (*).
Nassif recorre à historiadora Heloisa Amélia Greco, da UFMG (engraçado, essas coisas não saem da USP …), autora de tese de doutorado de 2003, “Dimensões Fundacionais da Luta pela Anistia”.
Greco demonstra que ninguém da oposição consentida, o MDB, foi consultado.
Da Comissão Mista do Congresso que analisou a proposta da auto-anistia, dos 23 integrantes, 13 eram fechados com o Governo.
Todas as votações da Comissão terminavam em 13 a 9.
A Oposição tinha sido emasculada pelas cassações.
E o Governo, anabolizado pelos “biônico”.
Clique aqui para ir ao “Leituras IV” com Paulo Sergio Pinheiro.
No dia 22 de agosto de 1979, quando a Câmara se preparava para aprovar a auto-anistia, 800 soldados à paisana ocuparam as galerias.
Manifestantes de oposição conseguiram no grito expulsar os militares e ocuparam a galeria.
Do Nassif: essa talvez tenha sido a única conquista efetiva dos que sempre quiseram punir os torturadores.
A Lei da Anistia “foi uma obra solitária do governo militar, referendada por uma maioria parlamentar bovina …”
Como diz o Barão de Itararé, citado por Greco: “anistia é um ato pelo qual os governos resolvem perdoar generosamente as injustiças que eles mesmos cometeram.”
Conclui Nassif: “A OEA pode condenar o país a anular a sua lei de anistia, a exemplo do que fez com o Chile e o Peru, para punir os que torturaram e mataram. O STF que explique direitinho para a OEA esse complicado pacto em que a ditadura resolveu tudo sozinha.”
Viva o Brasil !
O último a abolir a Escravidão !
Paulo Henrique Amorim
Matéria publicada por Leda Ribeiro (Colaboradora do Blog)
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