Ativista pede "CPI Já" no centro de São Paulo, próximo ao local onde ocorreu o debate sobre o livro "A Privataria Tucana"
O jornalista e autor do livro "A
Privataria Tucana" Amaury Ribeiro Júnior disse, no início da noite
desta quarta-feira (21), que acredita que o PSDB irá reagir caso a
Câmara Federal instale uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). O
pedido de investigação foi protocolado com 206 assinaturas para apurar
as informações contidas no livro.
Recebido
como celebridade, entre pedidos de fotografia de celular e de
dedicatória no livro, Amaury afirmou viver um dos períodos mais
emocionantes de sua vida. Ele participou de lançamento do livro na
região central da capital paulista.
O evento aconteceu no dia em que o deputado federal Delegado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) protocolou pedido de CPI da Privataria. Cerca de 400 pessoas compareceram ao local, número bastante superior à expectativa dos organizadores, em função do fim de ano.
"Calculamos mal", admitiu Altamiro Borges, do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé. "Assim como a Geração Editorial, subestimamos o interesse sobre o tema."
A alusão foi ao fato de a tiragem inicial de 15 mil exemplares ter sido vendida no primeiro fim de semana. Outros 30 mil exemplares foram rodados para atender à demanda, segundo informações da Geração Editorial. Para o evento, um auditório para 250 expectadores havia sido reservado, mas foi necessário exibir o debate em um telão para um segundo auditório, além da transmissão via internet.
O debate foi mediado por Renata Mielli, do Barão de Itararé, e pela jornalista Maria Inês Nassif, da agência Carta Maior.
O livro traz documentos e informações contra o ex-caixa de campanha do PSDB e ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil na década de 1990 Ricardo Sérgio, apontado como "artesão" dos consórcios de privatização em troca de propinas. Outro citado é o ex-governador paulista José Serra (PSDB), que tem familiares apontados como agentes de lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos na venda de estatais.
Nocaute
O evento aconteceu no dia em que o deputado federal Delegado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) protocolou pedido de CPI da Privataria. Cerca de 400 pessoas compareceram ao local, número bastante superior à expectativa dos organizadores, em função do fim de ano.
"Calculamos mal", admitiu Altamiro Borges, do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé. "Assim como a Geração Editorial, subestimamos o interesse sobre o tema."
A alusão foi ao fato de a tiragem inicial de 15 mil exemplares ter sido vendida no primeiro fim de semana. Outros 30 mil exemplares foram rodados para atender à demanda, segundo informações da Geração Editorial. Para o evento, um auditório para 250 expectadores havia sido reservado, mas foi necessário exibir o debate em um telão para um segundo auditório, além da transmissão via internet.
O debate foi mediado por Renata Mielli, do Barão de Itararé, e pela jornalista Maria Inês Nassif, da agência Carta Maior.
O livro traz documentos e informações contra o ex-caixa de campanha do PSDB e ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil na década de 1990 Ricardo Sérgio, apontado como "artesão" dos consórcios de privatização em troca de propinas. Outro citado é o ex-governador paulista José Serra (PSDB), que tem familiares apontados como agentes de lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos na venda de estatais.
Nocaute
"Quando peguei a 'Veja' desta semana e vi que não tinha nada (risos)... Percebi que demos um nocaute na grande imprensa, na blindagem que têm os tucanos", disse Amaury Ribeiro Jr. A maior parte dos veículos ligados aos maiores conglomerados de comunicação do país deixou o livro de lado, ou restringiram-se a dar a versão dos acusados no livro.
"Depois de um ano de tentativas de me atacar, senti o nocaute, porque eles não responderam", disse. "Nunca pensei que a gente conseguiria fazer isso. É um trabalho que, se não fosse a blogosfera e as redes sociais... Eu não conhecia nada disso. Eles (blogueiros) se articularam", completou.
Ele afirmou ainda que acredita que "Serra vai se levantar". "Uma das características do PSDB é ter uma conexão muito forte com Polícia Federal e o Ministério Público Federal", afirmou.
A iniciativa dos tucanos, segundo o jornalista, será voltada a tentar desqualificar os autores da denúncia, como fizeram com o próprio Amaury Ribeiro Jr. e com Protógenes Queiroz. "Tentam transformar réu em herói e quem investiga em réu."
O jornalista diz sentir-se orgulhoso por mostrar que as operações de lavagem de dinheiro descritas no livro são simplórias. "É diferente de fazer o povo entender corrupção quando se acha o cofre da Lunus (caso em 2001 que envolvia a governadora do Maranhão Roseane Sarney), que dava imagem (de pilhas de dinheiro)", disse. No caso de desvios mencionados no livro, ele afirma que são "operações que pareciam sofisticadas, mas o livro consegue mostrar que não".
Relator
Sobre a CPI da Privataria, Ribeiro Jr. defendeu que, ao ser instalada, a relatoria fique a cargo de Protógenes Queiroz. "A CPI caiu na mão certa porque Protógenes é um dos maiores especialistas em inteligência financeira", elogiou.
"Se CPI for aberta, vou avisar que o que está no livro é pequeno. Vai chegar à sociedade a forma como a editora de uma grande revista e veículos de comunicação tiveram dívidas perdoadas depois da privatização", adiantou.
O deputado e autor do pedido da
CPI, Delegado Protógenes Queiroz, e o jornalista e blogueiro Paulo
Henrique Amorim, também participaram do debate.
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