Antes elogiavam o governador José Roberto Arruda do Distrito Federal
Levantamento feito pelo blog NaMariaNews,
especializado em vasculhar as relações entre a Secretaria de Educação
de São Paulo com a mídia paulistana, a partir de pesquisa dos editais
publicados no Diário Oficial, descobriu uma intensa relação da gestão de
Serra com o Grupo Abril, dona da revista Veja e de outras publicações,
Entre 2007 e 2009, somente com
as aquisições de quatro publicações ditas “pedagógicas” (Nova Escola,
Recreio, Guia do Estudante e Veja) o governo paulista pagou ao Grupo Civita 34,7 milhões de reais.
O Ministério Público Estadual
abriu um inquérito civil para apurar irregularidades, A Editora Abril
recebeu 3,7 milhões de reais dos cofres públicos de São Paulo e Serra
ainda apresentou proposta curricular que obriga a inclusão, no ensino
médio, de aulas baseadas no tal Guia do Estudante, também da Abril.
O blog NaMariaNews
revela que o tucano comprou, por 2,7 milhões de reais, 5.449
assinaturas da Folha de S.Paulo. No DO de 15 de maio do mesmo ano, está
registrado outro contrato de compra de também 5.449 assinaturas do
jornal O Estado de S. Paulo, por 2,6 milhões de reais. Em 21 de maio,
foi a vez das Organizações Globo serem beneficiadas pela generosidade
tucana: por 1,1 milhão de reais, o governo paulista adquiriu 5.449 assinaturas da semanal Época.
ESSE é o mesmo esquema que foi
usado no chamado “mensalão do DEM”, que levou à cassação do governador
José Roberto Arruda no Distrito Federal. Arruda havia sido apresentado
pela Veja como um exemplo de administrador eficiente e honesto. O
governo do DF havia assinado um contrato de 442,4 mil reais para a
aquisição de assinaturas da revista em 15 de junho do mesmo ano.
Na mesma data, Arruda usou
expediente semelhante para a compra, por 2,9 milhões de reais, de 7.562
assinaturas diárias do Correio Braziliense, o maior jornal da capital
federal, a serem distribuídas, ao longo de 2009, a professores e alunos
de 199 escolas do Distrito Federal. O contrato, firmado com o então
secretário de Educação do DF, José Valente, uma das estrelas dos vídeos
de propinas gravados pelo delator Durval Barbosa, do chamado “mensalão
do DEM, previa como fonte de pagamento o Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação, o Fundeb.
Ou seja, de recurso destinado,
originalmente, ao financiamento de educação básica, aí incluídos creche,
pré-escola, ensino fundamental e ensino médio, além de educação de
jovens e adultos.
O ex-governador do DEM também tratou de agraciar a Editora Globo com um contrato de 4,9 milhões
de reais, na aquisição de 239,2 mil livros “com o fito de compor o
acervo bibliográfico” das 620 escolas públicas do Distrito Federal. A
fonte pagadora era o salário-educação, gerido pelo Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE), do governo federal – aliás, onde
também está hospedado o Fundeb. Leia em imprensaliberdade.blogspot.com
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