Venho assistindo os programas de
esportes na televisão, e principalmente sobre como a mídia golpista
esportiva se convalesceu com a saraivada que o Santos levou do
Barcelona. Atônitos, muitos procuram formular teses e encontrar
argumentos que possam dar alguma sustentabilidade para o seu raciocínio.
Patético,
ver algumas dessas explicações, principalmente do arrogante Técnico
Santista, Muricy Ramalho, disse ele, "[...] eles jogam no 3,7,0, se eu
jogasse assim no Brasil, estaria demitido [...]" e ai essa frase se
repercutiu em quase todos os comentaristas, fazendo análises das mais
estapafúrdias, ou seja, não é um 3,7,0 como disse Muricy, mas é um 0,3,7
porque a zaga do Barcelona joga no meio do campo do adversário, uma
dificuldade de reconhecer um futebol de qualidade, é tanta, que ontem, o
bravo representante da imprensa golpista esportiva, Galvão Bueno,
tentava com seus convidados achar saídas, vendo que não era possível,
tentou isentar o Santos de qualquer culpa pelo fracasso, e se referia ao
futebol brasileiro do passado, num breve saudosismo, se efetivamente
fazer uma análise, é que o Brasil tem ótimos jogadores, só que precisa
parar de convocar o que a imprensa, os patrocinadores e o Ricardo
Teixeira quer e convocar os que realmente jogam, chega de marketing, de
uma publicidade exacerbada, e vamos colocar os caras pra suar e jogar
bola, que alias ganham bem demais pra isso.
Ídolo
deveria ser um referencial de vida, alguém que de fato se doou a uma
sociedade, que mudou paradigmas de atuação, que interferiu positivamente
na sua realidade, e lutou por ideais como democracia, dignidade humana,
respeito e dedicação, para que possamos ai sim, aproveitar o lazer e a
saúde que o esporte pode nos sujeitar e no entreter, quem sabe se o
mercado só fizer no Brasil o seu papel de mercado, e o futebol o do
futebol, quem sabe um dia não temos um Barcelona, tanto em time, quanto
de estrutura.
Do Blog do Joel Santana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário