Por que será, hein?
A TV Globo bate no governo o tempo todo e a popularidade da Presidenta sobe (conforme pesquisa do CNI/Ibope divulgada na semana). Enquanto isso a audiência da TV Globo cai.
O fenômeno vem desde a época do governo do presidente Lula.
O resultado é efeito das trambicagens explícitas que o Jornal Nacional leva ao ar, como a bolinha de papel, e agora, a ocultação no Jornal Nacional da roubalheira tucana denunciada no livro "A Privataria Tucana".
O telejornal passou o ano criando um padrão de cobrança que beira o clima macartista nos EUA nos anos 50, apontando o dedo e pré-condenando qualquer um que se atreva a apoiar o governo Dilma, deturpando as denúncias.
Agora a TV Globo esquece tudo o que disse e escreveu neste ano e não exige nem sequer explicações para os amigos e parentes de José Serra sobre movimentações em empresas off-shore em paraísos fiscais, movimentações milionárias em contas usadas para lavagem de dinheiro, sociedade da filha de Serra com a irmã de Daniel Dantas, presa na operação Satiagraha, contratação de empresa de arapongagem pelo então governador José Serra, etc, etc, etc.
Um colunista do jornalão da emissora (Merval Pereira) desmente FHC reconhecendo que os documentos do livro são oficiais (já abandonando a tese de dossiê Cayman, que não colou), mas acha "normal" a dinheirama de origem suspeita de funcionários do governo tucano, políticos e parentes de José Serra, que comandaram a privataria, transitarem por contas usadas para lavagem de dinheiro. O colunista só faltou dizer que não há no livro um recibo assinado pelos amigos e parentes de José Serra declarando terem recebido propinas. É a mesma estratégia de defesa dos advogados de Paulo Maluf que, quando pego com a boca na botija com contas milionárias em paraísos fiscais, nega tudo na maior cara-de-pau.
Não dá mais para tampar o sol com a peneira. A TV Record noticiou, a TV Bandeirantes noticiou, o assunto foi tema de discursos do líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT/PE), e de protestos do senador serrista Aloysio Nunes (PSDB/SP). Na internet é o assunto político do momento, a editora do livro não consegue atender os pedidos, tamanha a procura. Um pedido de CPI já reuniu mais do que as 171 assinaturas necessárias. FHC, sem saída, já fez um apelo dramático para o PSDB o defender na roubalheira em seu governo, e o presidente do PSDB emitiu nota oficial, quebrando a estratégia de abafar com o silêncio. Tudo isso é notícia obrigatória e quentíssima, que a TV Globo sonega do telespectador.
O preço da perda da credibilidade jornalística, num primeiro momento, foi o telespectador receber com desconfiança denúncias vindas do Jornal Nacional contra gente do governo, pois já percebeu que a Globo tem um "caso de amor" com os demo-tucanos. Em um segundo momento é a perda da audiência. Pior para a Globo, que afunda junto com o tucanato.
A TV Globo bate no governo o tempo todo e a popularidade da Presidenta sobe (conforme pesquisa do CNI/Ibope divulgada na semana). Enquanto isso a audiência da TV Globo cai.
O fenômeno vem desde a época do governo do presidente Lula.
O resultado é efeito das trambicagens explícitas que o Jornal Nacional leva ao ar, como a bolinha de papel, e agora, a ocultação no Jornal Nacional da roubalheira tucana denunciada no livro "A Privataria Tucana".
O telejornal passou o ano criando um padrão de cobrança que beira o clima macartista nos EUA nos anos 50, apontando o dedo e pré-condenando qualquer um que se atreva a apoiar o governo Dilma, deturpando as denúncias.
Agora a TV Globo esquece tudo o que disse e escreveu neste ano e não exige nem sequer explicações para os amigos e parentes de José Serra sobre movimentações em empresas off-shore em paraísos fiscais, movimentações milionárias em contas usadas para lavagem de dinheiro, sociedade da filha de Serra com a irmã de Daniel Dantas, presa na operação Satiagraha, contratação de empresa de arapongagem pelo então governador José Serra, etc, etc, etc.
Um colunista do jornalão da emissora (Merval Pereira) desmente FHC reconhecendo que os documentos do livro são oficiais (já abandonando a tese de dossiê Cayman, que não colou), mas acha "normal" a dinheirama de origem suspeita de funcionários do governo tucano, políticos e parentes de José Serra, que comandaram a privataria, transitarem por contas usadas para lavagem de dinheiro. O colunista só faltou dizer que não há no livro um recibo assinado pelos amigos e parentes de José Serra declarando terem recebido propinas. É a mesma estratégia de defesa dos advogados de Paulo Maluf que, quando pego com a boca na botija com contas milionárias em paraísos fiscais, nega tudo na maior cara-de-pau.
Não dá mais para tampar o sol com a peneira. A TV Record noticiou, a TV Bandeirantes noticiou, o assunto foi tema de discursos do líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT/PE), e de protestos do senador serrista Aloysio Nunes (PSDB/SP). Na internet é o assunto político do momento, a editora do livro não consegue atender os pedidos, tamanha a procura. Um pedido de CPI já reuniu mais do que as 171 assinaturas necessárias. FHC, sem saída, já fez um apelo dramático para o PSDB o defender na roubalheira em seu governo, e o presidente do PSDB emitiu nota oficial, quebrando a estratégia de abafar com o silêncio. Tudo isso é notícia obrigatória e quentíssima, que a TV Globo sonega do telespectador.
O preço da perda da credibilidade jornalística, num primeiro momento, foi o telespectador receber com desconfiança denúncias vindas do Jornal Nacional contra gente do governo, pois já percebeu que a Globo tem um "caso de amor" com os demo-tucanos. Em um segundo momento é a perda da audiência. Pior para a Globo, que afunda junto com o tucanato.
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