Caos nas teles e nas distribuidoras de energia. É o resultado da
privataria tukana. Cadê a eficiência, a redução nas contas, os investimentos em
novas tecnologias? Cadê o FHC, o Serra, o Mendonção, a Elena
Landau???
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A Celpa, empresa de distribuição de
energia do Pará, anunciou ontem pedido de recuperação judicial. A Celpa é uma
das empresas controladas pelo grupo Rede Energia, que tenta sua venda desde o
fim do ano passado por conta de problemas financeiros.
Segundo a companhia, "o pedido de recuperação judicial mostrou-se inevitável diante do agravamento da situação de crise econômico-financeira da Celpa e do imperativo de proteger a continuidade dos serviços públicos por ela prestados".
A agência de classificação de risco Fitch, que dava nota de risco "BB+" na escala nacional e "B-" na internacional para a Celpa, rebaixou as notas da distribuidora para o nível que indica inadimplência iminente. A nota da controladora Rede, que já estava no nível "CCC" (considerado frágil), também pode ser rebaixada.
"A elevada probabilidade de inadimplência da Celpa afetará negativamente a capacidade de pagamento da Rede Energia, bem como acionará cláusulas de 'cross default' [cláusulas de vinculação automática de inadimplência de um contrato a outros] nas dívidas em aberto tanto da Rede Energia como da Cemat", disse a agência.
A Rede Energia tem 61,37% do capital da Celpa, enquanto a Eletrobras possui 34,24% e outros acionistas detêm fatia de 4,39%.
Já o grupo Rede é controlado pelo empresário Jorge Queiroz de Moraes Junior, que tem 48% do capital total da companhia. Outros acionistas relevantes são o Fundo de Investimento do FGTS, que tem indiretamente 25% do capital total da Rede, e a BNDESPar, empresa de investimento do banco de fomento, com pouco menos de 16%. Os 11% restantes estão pulverizados.
Desde o segundo trimestre de 2010, o resultado operacional da Celpa deixou de ser suficiente para cobrir o gasto da empresa com encargos de dívidas, além de multas e juros por questões regulatórias ou atrasos em tributos. Nos nove primeiros meses de 2011, a companhia teve lucro operacional (antes de juros e impostos) de R$ 154 milhões, enquanto a despesa financeira líquida foi de R$ 367 milhões. Desse gasto financeiro, R$ 150 milhões foram na linha "multas e juros", em que entram cobranças feitas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), devido à falta de qualidade dos serviços.
A Celpa fechou setembro com R$ 259 milhões no caixa e em aplicações financeiras, tendo R$ 531 milhões em dívidas financeiras de curto prazo (vincendas em até 12 meses). No total, a dívida líquida da companhia era de R$ 1,7 bilhão, e equivalia a 232% do seu patrimônio líquido e a 4,5 vezes seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda).
As agências de classificação de risco costumam considerar como limite um índice de até 3,5 vezes para relação dívida líquida/Ebitda.
Ainda em setembro, a empresa tinha compromissos de curto prazo de R$ 251 milhões com fornecedores, R$ 130 milhões com salários e outras despesas trabalhistas e R$ 229 milhões em tributos.
Além da Celpa, a Rede controla outras oito distribuidoras de energia, em sete Estados brasileiros. Entre elas estão a Cemat, do Mato Grosso, a Enersul, do Mato Grosso do Sul, e a Celtins, do Tocantins. As outras são empresas regionais no interior dos Estados de São Paulo, Paraná e Minas Gerais.
As concessionárias da Rede atendem 5 milhões de consumidores. O grupo tem 14 mil funcionários e atua em 578 cidades.
Fonte: Valor Econômico/Por Fernando Torres | De São Paulo
Segundo a companhia, "o pedido de recuperação judicial mostrou-se inevitável diante do agravamento da situação de crise econômico-financeira da Celpa e do imperativo de proteger a continuidade dos serviços públicos por ela prestados".
A agência de classificação de risco Fitch, que dava nota de risco "BB+" na escala nacional e "B-" na internacional para a Celpa, rebaixou as notas da distribuidora para o nível que indica inadimplência iminente. A nota da controladora Rede, que já estava no nível "CCC" (considerado frágil), também pode ser rebaixada.
"A elevada probabilidade de inadimplência da Celpa afetará negativamente a capacidade de pagamento da Rede Energia, bem como acionará cláusulas de 'cross default' [cláusulas de vinculação automática de inadimplência de um contrato a outros] nas dívidas em aberto tanto da Rede Energia como da Cemat", disse a agência.
A Rede Energia tem 61,37% do capital da Celpa, enquanto a Eletrobras possui 34,24% e outros acionistas detêm fatia de 4,39%.
Já o grupo Rede é controlado pelo empresário Jorge Queiroz de Moraes Junior, que tem 48% do capital total da companhia. Outros acionistas relevantes são o Fundo de Investimento do FGTS, que tem indiretamente 25% do capital total da Rede, e a BNDESPar, empresa de investimento do banco de fomento, com pouco menos de 16%. Os 11% restantes estão pulverizados.
Desde o segundo trimestre de 2010, o resultado operacional da Celpa deixou de ser suficiente para cobrir o gasto da empresa com encargos de dívidas, além de multas e juros por questões regulatórias ou atrasos em tributos. Nos nove primeiros meses de 2011, a companhia teve lucro operacional (antes de juros e impostos) de R$ 154 milhões, enquanto a despesa financeira líquida foi de R$ 367 milhões. Desse gasto financeiro, R$ 150 milhões foram na linha "multas e juros", em que entram cobranças feitas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), devido à falta de qualidade dos serviços.
A Celpa fechou setembro com R$ 259 milhões no caixa e em aplicações financeiras, tendo R$ 531 milhões em dívidas financeiras de curto prazo (vincendas em até 12 meses). No total, a dívida líquida da companhia era de R$ 1,7 bilhão, e equivalia a 232% do seu patrimônio líquido e a 4,5 vezes seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda).
As agências de classificação de risco costumam considerar como limite um índice de até 3,5 vezes para relação dívida líquida/Ebitda.
Ainda em setembro, a empresa tinha compromissos de curto prazo de R$ 251 milhões com fornecedores, R$ 130 milhões com salários e outras despesas trabalhistas e R$ 229 milhões em tributos.
Além da Celpa, a Rede controla outras oito distribuidoras de energia, em sete Estados brasileiros. Entre elas estão a Cemat, do Mato Grosso, a Enersul, do Mato Grosso do Sul, e a Celtins, do Tocantins. As outras são empresas regionais no interior dos Estados de São Paulo, Paraná e Minas Gerais.
As concessionárias da Rede atendem 5 milhões de consumidores. O grupo tem 14 mil funcionários e atua em 578 cidades.
Fonte: Valor Econômico/Por Fernando Torres | De São Paulo
Do e-mail enviado por Beatriz.Lista.
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