“Depois de PHA ter popularizado o Partido
da Imprensa Golpista, Reinaldo Azevedo responde com os JEGs - Jornalistas da
Esgotosfera Governista; enquanto jornalões defendem linhas editoriais tucanas,
blogueiros encampam defesa do governo; não pode existir independência no
jornalismo brasileiro?
Diego Iraheta, Brasil 247
As paixões e os antagonismos genuínos são
fundamentais para consolidar a democracia. Essa é a tese de uma das principais
pensadoras políticas contemporâneas, a belga Chantal Mouffe. Em seu instigante
livro On The Political (Routledge, 2005), ela defende que deliberações
racionais não são adequadas ao mundo político, onde o confronto de ideias e
identidades é permanente. São as emoções que acabam guiando o fazer política.
Ora, Mouffe não conhece o âmago da política
brasileira, mas sua análise se encaixa perfeitamente bem em nossa realidade. E
isso não é necessariamente bom. Por aqui, petralhas e tucanalhas se digladiam
diuturnamente, sem notar como são parecidos em atitudes e até objetivos. Tem
mensalão do PT e privataria tucana. Os militantes de um partido atacam a
corrupção do outro. Com paixão, defendem “ideologias” ou, quiçá, projetos de
poder.
Os embates ficam ainda mais explosivos,
quando se acrescenta o quarto poder no ringue. De um lado, a imprensa de papel,
tradicional, diz que está fiscalizando e, por isso, investiga “supostos
esquemas” e cobra renúncia de ministros do governo Dilma envolvidos em
“escândalos”. De repente, seis ministros já caíram por “suspeitas de
corrupção”. A imprensa dorme aliviada todas as noites por ter feito um bem para
o País. Aham.”
Artigo Completo, ::Aqui::
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