Dono do jet ski que matou criança é barão do lixo ligado ao PSDB
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Máquina pertence à família do empresário José Cardoso, que pretendia
disputar a prefeitura de Suzano em 2012 com apoio de Alckmin; seu lixão
coleciona multas por irregularidades e agora ele pode ser indiciado por
homicídio doloso, já que emprestou o aparelho, que matou Grazielly, ao
afilhado
Brasil 247 - A polícia de Bertioga, no litoral de São Paulo, divulgou
nesta quarta-feira o nome do dono do jet ski que matou uma menina de
três anos no último final de semana. Ele pertence à família do
empresário José Augusto Cardoso, o Zé Cardoso. Ele emprestou a máquina
ao afilhado, um adolescente de 14 anos, que supostamente a pilotova no
momento do acidente que matou Grazielly.
O governador Geraldo Alckmin estudava apoiar Zé Cardoso para disputar a
eleição municipal de Suzano este ano, pelo PSDB. O vice-presidente
Nacional do PSDB e secretário de Estado de Desenvolvimento
Metropolitano, Edson Aparecido, no entanto, se mostrou contra a
nomeação. Para ele, o partido deveria lançar Paulo Tokuzumi. Um dos
principais motivos pela resistência é que Zé Cardoso está com seu aterro
fechado por determinação da Cetesb e da Justiça há meses e tem recebido
uma multa atrás da outra por irregularidades diversas no aterro Pajoan
de Itaquá.
Na semana passada, a última multa recebida pelo Pajoan chegou a R$ 900
mil. Agência regional da Cetesb constatou que a empresa de Cardoso vinha
recebendo novas cargas de resíduos sólidos, provenientes da coleta
pública, em descumprimento à interdição imposta judicialmente desde maio
do ano passado, conforme denúncia feita pela Diocese de Mogi das
Cruzes. A Companhia também cancelou a autorização provisória para a área
de transbordo que estava sendo utilizada pela empreiteira para
transportar cerca de 250 toneladas de resíduos de Poá e Itaquaquecetuba
para o encaminhamento a aterros sanitários licenciados.
Zé Cardoso pode agora ser indiciado por homicídio pelo caso Grazielly. A
menina de três anos havia chegado à cidade na sexta-feira (17) junto
com um grupo de dez pessoas, entre familiares e amigos, da cidade de
Artur Nogueira, também no interior paulista. Era o primeiro passeio dela
na praia. Ela fazia castelos de areia com a mãe na beira do mar quando
foi atropelada pelo veículo em alta velocidade que saiu da água. O
adolescente, segundo testemunhas, fugiu do local sem prestar socorro.
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