Aclamação de
Serra candidato: desagregação das bases de seu próprio partido. Serra
caminha para o abismo político, FHC e Aécio dão aquele "empurrãozinho
amigo" |
Não houve pressão das bases, seja ela qual for que o PSDB tenha, nem tampouco novos aliados se somam a mais esta candidatura.
A questão que fica que no ar e muitos outros articulistas, blogueiros e analistas políticos fazem é: Serra vem para a disputa, mas sem qualquer possibilidade de unir os quadros que compõe os governos municipal e estadual de São Paulo.
As aparências de união enganam.
Serra não é (nem tem sido) candidato de unidade.
Serra não é (nem tem sido) novidade política.
Serra tem sido contestado por novos quadros de seu próprio partido.
Serra mostra-se como candidato de si mesmo, de seus objetivos pessoais de poder.
Mas o que imagino tê-lo empurrado para o abismo da candidatura a prefeito de São Paulo, mesmo que vença, deve ter sido arquitetado e entregue de bandeja pelo alto comando do tucanato.
FHC, Alckmin e Aécio se interessam e muito por esta candidatura serrista em São Paulo.
Serra na prefeitura força o discurso da unidade em torno de Aécio, pois Serra não poderia cometer o mesmo ato tresloucado de abandonar a prefeitura no meio do caminho para aventurar-se candidato a presidência em 2014.
Perdendo, Serra sofreria grande abalo no arco conservador que o apóia, poderia ser jogado ao mar sem colete salva-vidas.
Kassab afirmou que Serra "entendeu que devia abandonar esse projeto (de candidatura à presidência) e ele o abandonou". Quem crê nisso, após tantos surtos de poder do tucano derrotado em 2002 e 2010?Mas o que poderia estar movendo Serra em direção ao precipício?
Parece jogo de cena, combinado, para tentar fazer o eleitorado acreditar que o candidato do PSDB cumpriria seu mandato, caso vencesse, até o final.
Serra candidato terá apoio do PSD, não duvido de que poderia ser este o seu caminho alternativo, o plano B de Serra para 2014, mas apenas vencendo em 2012, porque perdendo nem isso.
A fidelidade de Kassab e Freire não seria tão canina, em uma situação destas.
Serra, não une e qualquer que seja o resultado das urnas em outubro, este personagem servirá para desagregar ainda mais o ninho tucano e de seus aliados mais próximos.
A questão, além das trincheiras sangrentas do PSDB, é saber se o povo paulistano pretende eleger o novo prefeito para apenas 1 ano e três meses de administração, novamente, mas com o mesmo candidato.
Lula aposta no contrário e pode estar muito correto em suas análises.
As eleições municipais na maior cidade da América do Sul ganham, finalmente, o contorno polarizado entre conservadores, no poder, e progressistas na oposição local.
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