quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Governo Lula isenta do imposto de renda uma parte importante da nova classe média

Também do Blog do Favre.

Já beneficiados com desoneração de impostos na linha branca e nos carros, as novas medidas de redução tributária favorecem o consumo da nova classe C. (LF)

Imposto de Renda: Limite de isenção sobe para R$ 22.487 em 2011

Edna Simão, BRASÍLIA – O Estado SP

A Receita Federal vai ampliar o limite de isenção na declaração de Imposto de Renda em 2011. Para reduzir ainda mais a base de contribuintes, o valor sobe de R$ 17.215,08 neste ano para R$ 22.487,25 em 2011. Segundo o supervisor nacional do Imposto de Renda da Receita Federal, Joaquim Adir, o governo quer deixar de penalizar os contribuintes de baixa renda.

Matematicamente, segundo advogados da área tributária, não haverá perda de arrecadação. Mas o aumento é importante porque vai liberar da prestação de contas brasileiros que ficariam abaixo do limite de rendimentos tributários com a dedução do desconto padrão de 20%, permitido para os contribuintes que fazem a declaração simplificada.

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http://www1.folha.uol.com.br/fsp/images/cp11022010.jpg

Receita libera 5 milhões de declarar IR

Com menos exigências do fisco, quase 20% dos contribuintes deixam de ser obrigados a entregar declaração neste ano

Segundo a Receita, objetivo é reduzir o volume de dados processados e aumentar o acompanhamento dos grandes contribuintes

EDUARDO RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Com o objetivo de diminuir a quantidade de informações a serem processadas e permitir um acompanhamento mais focado nos grandes contribuintes, a Receita Federal alterou alguns critérios de exigibilidade para declarações de Imposto de Renda em 2010. A estimativa do fisco é que 5 milhões de pessoas deixem de ser obrigadas a entregar a declaração de IR neste ano, referente aos rendimentos de 2009.
As novas regras foram anunciadas ontem na apresentação do Programa Gerador de Declarações do IR-2010, que estará disponível no site da Receita a partir do dia 1º de março. O prazo para o envio das informações vai até as 23h59 do dia 30 de abril.
Entre as mudanças anunciadas para este ano, está um novo valor mínimo para o patrimônio, que obriga o contribuinte a remeter as declarações ao fisco independentemente do seu rendimento no ano. O limite, que até o ano passado era de R$ 80 mil, a partir de agora será de R$ 300 mil.
Além disso, os titulares ou sócios de empresas de qualquer porte, mesmo inativas, que também estavam automaticamente obrigados a realizar a declaração anual, agora só precisam fazê-la se estiverem enquadrados nos critérios que medem a renda durante o exercício anterior.
“Muitas pessoas criam empresas pequenas e nem sequer dão baixa depois de fechá-las. No ano passado, 5 milhões de contribuintes fizeram declaração apenas por esse motivo”, afirmou o supervisor nacional do IR, Joaquim Adir.
No entanto, mesmo não tendo mais que obedecer à obrigatoriedade, boa parte dessas pessoas deve continuar realizando o processo, porque tem imposto a restituir ou ainda utiliza a declaração como comprovante de renda.
Segundo o fisco, o menor número de declarações efetuadas não terá impacto na arrecadação. “Vamos eliminar apenas aqueles que declaram sem necessidade”, disse Adir.
Em 2009, a Receita recebeu 25 milhões de declarações e a estimativa para 2010 é que o número caia para 24 milhões. Segundo o supervisor, se não houvesse essas mudanças, a quantidade a ser processada pela Receita neste ano poderia chegar a 27 milhões.
O programa gerador também sofreu modificações na interface com o objetivo de torná-lo mais amigável aos usuários. As deduções de despesas com saúde continuam ilimitadas, mas os descontos por dependente e sobre os gastos com educação ganharam novos tetos.
Além disso, os campos para as declarações de despesas e receitas por meio de pensões alimentícias ganharam maior detalhamento. Para a contadora Dora Ramos, o ajuste é importante porque muitas pessoas que recebem pensões acabavam não declarando os rendimentos no programa.
“Tive dois ou três casos nos quais apenas quem pagava informava a despesa para abatimento. Dessa forma, quando a Receita cruzava os dados e havia essa incongruência, o contribuinte ficava preso na malha”, conta.
Já a nova especificação, avalia, pode até resultar em aumento da arrecadação, uma vez que a contabilização das pensões aumentará a base de cálculo do imposto devido por quem as recebe. “Em algumas ocasiões, até mesmo quem estava isento poderá agora ter imposto a pagar”, diz Dora.
Como anunciado no fim de 2009, a partir deste ano quem não conseguir comprovar despesas declaradas pagará multa. “É importante guardar todos os comprovantes e recibos durante todo o ano, em vez de pensar no IR apenas quando chega o mês de março”, aconselha.

Postado por Luis Favre
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