quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Desmatamento da Amazônia cai 38% em agosto


Queda ocorreu apesar do período de seca, quando desmatadores podem entrar mais facilmente na mata
Ibama intensificou neste ano a fiscalização 
na Amazônia/Ibama
A intensificação da fiscalização contra a derrubada ilegal da floresta neste ano apresenta resultados. O desmatamento na Amazônia Legal caiu 38% em agosto, em relação ao mesmo período de 2010, e 21% na comparação com julho deste ano. Esse foi o menor desmatamento para o mês, desde 2004, registrado pelo sistema Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Entre julho de 2009 e agosto de 2010 foi registrada uma área desmatada de 7 mil km² - 6,2% menos do que no mesmo período de 2008 e 2009.
Desde janeiro, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) intensificou a fiscalização, aplicou R$ 1,2 bilhão em multas, apreendeu 226 caminhões, 40 mil m ³ de madeira em toras e 21 mil em madeira serrada. Com as ações, o desmatamento foi reduzido, mesmo durante a seca, que favorece o acesso e facilita a retirada de madeira. “Agosto é um mês em que, tradicionalmente, o desmatamento costuma crescer", avalia diretor do Departamento de Políticas de Combate ao Desmatamento do Ministério do Meio Ambiente, Mauro Pires.
Poucas nuvens
A pouca cobertura de nuvens, a menor dos últimos três anos, favoreceu a precisão dos mapas colhidos pelos satélites. "São dados muito mais confiáveis e que revelam que as estratégias de combate ao desmatamento estão surtindo efeito", avaliou o diretor do Inpe, Gilberto Câmara.
Os números do Inpe indicam ainda que o novo perfil de desmatamento vem se firmando. Em vez da derrubada em grande escala, que predominou até a instituição do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal, em 2004, o desmate agora é em pequenas áreas.
Operações retiram recursos dos desmatadores
Neste ano, o Ibama mantém duas operações permanentes de combate ao desmatamento ilegal: a Disparada e a Guardiões da Amazônia, que buscam retirar recursos dos desmatadores de modo a reduzir o poder de ação e as vantagens econômicas com a atividade ilegal. A Disparada visa a retirada de gado das áreas de proteção ambiental. A Guardiões da Amazônia tem como estratégia a descapitalização do infrator, por meio das multas, apreensão dos bens envolvidos na atividade ilegal, no embargo da área e corte no crédito público.
Ao mesmo tempo, a União promove a Arco Verde, com o foco na regularização fundiária e no estímulo à produção sustentável nos 48 municípios prioritários para as ações de redução do desmatamento.
No Secom

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