Delfim Netto, CartaCapital
Grande exagero e uma boa dose de terrorismo, por várias razões: 1. Com exceção do iene, todas as moedas do mundo se desvalorizaram ante o dólar americano. Não se trata, portanto, de um fenômeno brasileiro. 2. O dólar se fortaleceu porque os investidores acreditam que ele ainda é o refúgio mais seguro quando aumentam os riscos nos mercados financeiros, independentemente do fato de ter “perdido” um dos três “A” da agência de qualificação (que, por sinal, está sob investigação por suspeita de fraudes). 3. Com a transferência dos capitais para os Estados Unidos, a tendência do dólar é a de continuar se valorizando. 4. Há problemas de inflação em todos os países com a continuação da crise, cada qual com diferentes causas e intensidade.
A meta de inflação é um instrumento útil
para estabilizar as expectativas inflacionárias e para ajudar os bancos
centrais a manterem taxas adequadas às políticas econômicas traçadas pelos
governos. Por ser um sistema bastante inteligível, ele reduz os custos sociais
nos ajustes salariais, quando se tem de discutir não só a distribuição dos
ganhos de produtividade, mas também a inflação futura. Sendo crível, ela
permite limitar a discussão a um só aspecto: como distribuir o aumento da
produtividade entre capital e trabalho.”
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