quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O Estilo “Gestão Dilma Rousseff”

__wf__arquivos/imagens/dilma.jpg




 
O Estilo “Gestão Dilma Rousseff”

A denominada Grande Imprensa Brasileira, aquela que se sente como um “Quarto Poder Que Deveria Ser o Primeiro” gasta uma quantidade enorme de horas televisivas, radiofônicas, cinematográficas, internéticas,  assim como dezenas ou centenas de milhares de toneladas de papel para comparar a atual gestão de nossa presidenta Dilma Rousseff  com as duas gestões de nosso ex presidente Luís Inácio Lula da Silva.

Em uma medida desproporcional, tais quantidades de uso desses mais diversos meios de comunicação são utilizados para tentar mostrar, na melhor das hipóteses, as “significativas diferenças de estilo” entre os dois personagens Dilma e Lula e, na mais freqüente hipótese, tentar gerar a cizânia entre ambas estas importantes lideranças brasileiras.

É evidente que em cada período de governo, seja na esfera federal, estadual ou municipal, seja na mudança de bases de apoio partidário ou em sua seqüência, seja com sucessor eleito por seu antecessor ou não, seja com o mesmo dirigente político re eleito, cada mandato apresenta diferentes estilos de gestão.

Tais diferenças refletem não apenas – particularmente nos regimes presidencialistas como é o caso do brasileiro – a diversidade de cada uma das personalidades do novo dirigente ou, pela experiência adquirida em mandato anterior, do mesmo dirigente (havia um FHC diferente do seu primeiro mandato daquele gestor do segundo, assim como um Lula diverso do primeiro para o segundo mandato) mas, sobretudo, pelo fato de que cada mandato governamental corresponde a uma conjuntura diferente da conjuntura anterior.

Dessa forma, certamente a Grande Imprensa daria uma forte contribuição para o aprofundamento e o enraizamento da democracia no Brasil se, ao invés de buscar a cizânia e o jogo menor na comparação entre as gestões Lula e a atual gestão Dilma contribuísse para que a maior parte da massa brasileira entendesse a atual conjuntura mundial e, nela, a posição de nosso país, de nossa sociedade e de nossa Presidenta Dilma Rousseff, que dignificou não apenas o Brasil mas, também, as mulheres brasileiras e as de todo o mundo, em seu discurso de abertura do Debate Geral da 66ª Assembleia-Geral da ONU, em Nova York.

Assim, afirmou nossa Presidenta que:

”Pela primeira vez, na história das Nações Unidas, uma voz feminina inaugura o Debate Geral. É a voz da democracia e da igualdade se ampliando nesta tribuna que tem o compromisso de ser a mais representativa do mundo. “É com humildade pessoal, mas com justificado orgulho de mulher, que vivo este momento histórico.
“Divido esta emoção com mais da metade dos seres humanos deste planeta, que, como eu, nasceram mulher, e que, com tenacidade, estão ocupando o lugar que merecem no mundo. Tenho certeza, senhoras e senhores, de que este será o século das mulheres. “Na língua portuguesa, palavras como vida, alma e esperança pertencem ao gênero feminino. E são também femininas duas outras palavras muito especiais para mim: coragem e sinceridade. Pois é com coragem e sinceridade que quero lhes falar no dia de hoje.”

”(...)  “Além do meu querido Brasil, sinto-me, aqui, representando todas as mulheres do mundo. As mulheres anônimas, aquelas que passam fome e não podem dar de comer aos seus filhos; aquelas que padecem de doenças e não podem se tratar; aquelas que sofrem violência e são discriminadas no emprego, na sociedade e na vida familiar; aquelas cujo trabalho no lar cria as gerações futuras.”
“Junto minha voz às vozes das mulheres que ousaram lutar, que ousaram participar da vida política e da vida profissional, e conquistaram o espaço de poder que me permite estar aqui hoje.

Como mulher que sofreu tortura no cárcere, sei como são importantes os valores da democracia, da justiça, dos direitos humanos e da liberdade”. 

E é com a esperança de que estes valores continuem inspirando o trabalho desta Casa das Nações que tenho a honra de iniciar o Debate Geral da 66ª Assembleia Geral da ONU.”

Há diferenças na condução do governo por parte de Dilma Rousseff comparativamente com a forma de condução do presidente Lula? É evidente que há, e nossa atual presidenta, como Ministra, que foi, da Casa Civil do presidente Lula bem o sabe e bem o conhece. Mas, o que há, sobretudo, é a mesma linha de diretrizes de ação e de gestão governamental, na direção de erradicar  a extrema miséria e a pobreza na sociedade brasileira, fazer com que o conjunto do País cresça e desponte como uma das nações líderes no contexto global neste século XXI.

É com isto que boa parte da Grande Imprensa Brasileira não consegue conformar-se.


Cesar Augusto Oller do Nascimento
Salvador, 30 de setembro de 2011

Do BLOGOLLER.

Nenhum comentário: