Alguns
dias depois de a Globo viajar no avião da Chevron para fazer reportagem
sobre o vazamento na Bacia de Campos a empresa texana foi obrigada a
admitir que editou as imagens sobre a tragédia ambiental com o intuito
de “ajudar” as autoridades brasileiras.
O
maior órgão de imprensa do Brasil defende a demissão do Ministro do
Trabalho por voar em avião de um prestador de serviços do ministério,
considerando esta conduta inaceitável.
Muito bem!
No
entanto, a Globo, após utilizar o avião da Chevron para gravar uma
reportagem sobre o vazamento, passou os dias seguintes “tranqüilizando”
a população brasileira quanto as dimensões do desastre.
Mas em audiência pública na Câmara dos Deputados, o presidente da texana Chevron, George Buck (não é Bush), foi obrigado a admitir que “editou” as imagens do vazamento. Ou seja, mandou ver um “fotoshop” para maquiar a real dimensão da tragédia.
Hoje (23 de novembro), a Agência Nacional do Petróleo suspendeu as atividades da Chevron no Brasil.
Inconformada, a Globo noticiou a investigação do TCU nos contratos da Petrobrás com a Chevron.
Quem
abre o portal G1 nesta noite de quarta-feira , ao se deparar com a
notícia da suspensão das atividades da empresa texana no Brasil, lê as
seguintes noticias imediatamente abaixo da manchete principal:
Ø Vazamento está reduzido a um barril, segundo Chevron (positiva)Ø Óleo em praia é improvável, diz IBAMA (positiva)Ø TCU investigará contrato com a Petrobrás. (negativa - mas para a empresa brasileira)
Para
defender a privataria e a entrega do subsolo brasileiro para as
empresas estrangeiras a Globo perde o pudor e escancara o próprio
arrego.
Os atores da Globo que se
mostram tão atentos às causas ambientais, em especial à construção da
usina de Belo Monte, podeiram se pronunciar também a respeito do
vazamento da Chevron.
Ops! Mas esta não parece ser uma causa incorporada por nenhuma ONG financiada por recursos estrangeiros.
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