Do
Viomundo - 23 de novembro de 2011 às 19:07
por
Luiz Carlos Azenha
As três imagens acima foram extraídas do site do
Occupy Wall Street.
Algumas universidades dos Estados Unidos estão fervilhando nos últimos
dias, com a organização de protestos, marchas, ocupações. E a polícia
tem a oportunidade de expor todas as últimas invenções do famoso
complexo industrial-militar, na versão “você já bateu em um contribuinte
hoje?”.
Eu morava em Washington durante a mais recente campanha
eleitoral estadunidense. Tive a oportunidade de testemunhar a
Convenção Nacional Democrata, em Denver, no Colorado. Fiquei pasmo com a
atuação desproporcional da polícia diante de algumas dezenas de
manifestantes. Era como se os policiais precisassem desesperadamente
demonstrar ao público a necessidade de toda aquela tecnologia.
Li,
naquele período, a primeira versão da plataforma de Barack Obama para a
América Latina. Chamava a atenção o tom moderado do discurso. A ideia
era dizer que Obama aceitava os governos demonizados pelos republicanos
como promotores do bem estar social na região.
Hugo Chávez, Evo Morales e Rafael Correa não como encarnações de belzebu, mas como versões latinas de Franklyn Delano Roosevelt.
Mas,
entre o projeto inicial de Obama (antes dele derrotar Hillary Clinton
pela nomeação do Partido Democrata) e a plataforma de candidato a
presidente muita coisa mudou. Na versão final, a ênfase era em ajudar
os governos latino-americanos a combater a violência nos grandes centros
urbanos. Alguma coisa na linha da “segurança cidadã”, adotada na
Colômbia pelo ex-presidente direitista Álvaro Uribe.
Eu me lembro
de, na época, ter pensado que a mudança poderia atender aos interesses
dos exportadores de armas dos Estados Unidos, loucos para espalhar por
aí gás pimenta, gás lacrimogêneo, pistolas de choque elétrico, escudos
e outros badulaques. Conter os 99%, meu nome é lucro! A que ponto
chegamos…
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Sara Robinson: A ascensão do fascismo nos Estados Unidos
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