Dilma quer mais consumo e investimento Diante da forte desaceleração, a presidente repete o apelo de Lula em 2008 para que os brasileiros não tenham medo
Rio de Janeiro — Preocupada com os rumos da economia brasileira, que estagnou no terceiro trimestre, a presidente Dilma Rousseff quer blindar o país de um contágio maior pela crise internacional. Para isso, decidiu apertar o acelerador. A exemplo do que fez seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, em meio às turbulências de 2008, ela pediu ontem que trabalhadores e empresários não tenham medo de consumir, investir e aumentar a produção. Dilma determinou que a equipe econômica fique atenta aos desdobramentos da dívida europeia e não perca nenhuma oportunidade de adotar medidas adicionais para estimular o crescimento no ano que vem.
“Neste momento, o que nós temos que fazer diante da crise não é nos atemorizar, parar de consumir, parar de produzir. Ao contrário, temos que avançar, melhorar a qualidade do serviço público no Brasil, garantir que o setor privado continue investindo e que o povo brasileiro continue consumindo”, disse a presidente na inauguração das novas instalações do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad, na capital fluminense. O discurso reforçou a crença do governo no fortalecimento do mercado interno como instrumento para amenizar os prejuízos causados pela crise global. Os cortes na taxa básica de juros (Selic), que já caiu de 11,5% anuais para 11%, fazem parte dessa estratégia.
Dois anos
Dilma previu que os problemas no Velho Continente vão levar um certo tempo para serem resolvidos. “Essa crise europeia não acaba nem em um ano nem, possivelmente, em dois. Temos que ter consciência disso, mas também de que crise é oportunidade. O Brasil está hoje diante de várias oportunidades”, disse. Mais tarde, na solenidade de entrega do petroleiro Celso Furtado, em Niterói (RJ), a presidente ressaltou que o governo vai fazer tudo para proteger o emprego de qualidade no país. Construído com recursos do Programa para Modernização e Expansão da Frota (Promef), o navio é o primeiro produzido por um estaleiro nacional para a Petrobras desde 1997.
“Não vamos permitir que se exportem empregos. Não vamos transferir empregos para outros países. Os empregos gerados no Brasil serão mantidos no Brasil”, disse. Dilma apontou a necessidade de investimentos em educação, inovação e desenvolvimento tecnológico. Segundo ela, esse será o caminho para a produção nacional de itens hoje importados, que pressionam as contas do país com o exterior, e a abertura de postos de trabalho. “Queremos produzir tudo o que a Petrobras vai demandar nos próximos anos. Até 2020, a Petrobras vai comprar 67 sondas, por exemplo. Cada uma custa R$ 1 bilhão.” A presidente comemorou a taxa de desocupação em 5,8%, a menor da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e a comparou com a espanhola, que está em 22,6%.
Estímulo ao emprego: com os trabalhadores de um estaleiro em Niterói (RJ), Dilma Rousseff comemora a entrega do petroleiro Celso Furtado |
Rio de Janeiro — Preocupada com os rumos da economia brasileira, que estagnou no terceiro trimestre, a presidente Dilma Rousseff quer blindar o país de um contágio maior pela crise internacional. Para isso, decidiu apertar o acelerador. A exemplo do que fez seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, em meio às turbulências de 2008, ela pediu ontem que trabalhadores e empresários não tenham medo de consumir, investir e aumentar a produção. Dilma determinou que a equipe econômica fique atenta aos desdobramentos da dívida europeia e não perca nenhuma oportunidade de adotar medidas adicionais para estimular o crescimento no ano que vem.
“Neste momento, o que nós temos que fazer diante da crise não é nos atemorizar, parar de consumir, parar de produzir. Ao contrário, temos que avançar, melhorar a qualidade do serviço público no Brasil, garantir que o setor privado continue investindo e que o povo brasileiro continue consumindo”, disse a presidente na inauguração das novas instalações do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad, na capital fluminense. O discurso reforçou a crença do governo no fortalecimento do mercado interno como instrumento para amenizar os prejuízos causados pela crise global. Os cortes na taxa básica de juros (Selic), que já caiu de 11,5% anuais para 11%, fazem parte dessa estratégia.
Dois anos
Dilma previu que os problemas no Velho Continente vão levar um certo tempo para serem resolvidos. “Essa crise europeia não acaba nem em um ano nem, possivelmente, em dois. Temos que ter consciência disso, mas também de que crise é oportunidade. O Brasil está hoje diante de várias oportunidades”, disse. Mais tarde, na solenidade de entrega do petroleiro Celso Furtado, em Niterói (RJ), a presidente ressaltou que o governo vai fazer tudo para proteger o emprego de qualidade no país. Construído com recursos do Programa para Modernização e Expansão da Frota (Promef), o navio é o primeiro produzido por um estaleiro nacional para a Petrobras desde 1997.
“Não vamos permitir que se exportem empregos. Não vamos transferir empregos para outros países. Os empregos gerados no Brasil serão mantidos no Brasil”, disse. Dilma apontou a necessidade de investimentos em educação, inovação e desenvolvimento tecnológico. Segundo ela, esse será o caminho para a produção nacional de itens hoje importados, que pressionam as contas do país com o exterior, e a abertura de postos de trabalho. “Queremos produzir tudo o que a Petrobras vai demandar nos próximos anos. Até 2020, a Petrobras vai comprar 67 sondas, por exemplo. Cada uma custa R$ 1 bilhão.” A presidente comemorou a taxa de desocupação em 5,8%, a menor da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e a comparou com a espanhola, que está em 22,6%.
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