O Conversa Afiada reproduz artigo de Davis Sena Filho sobre o vídeo-show do Spielberg e da Globo contra Belo Monte.
Antes, leia o que diz Miriam Belchior – nenhum índio sairá de sua terra por causa de Belo Monte.
Clique aqui para ver o vídeo do Spielberg que a Globo copiou.
Agora, aqui entre nós: o Cerra duas vezes e o Alckimin, uma, sabem que não adianta a Globo tentar eleger o Presidente da República.
Belo Monte será construída, com a ajuda providencial do elenco da Globo.
Antes, leia o que diz Miriam Belchior – nenhum índio sairá de sua terra por causa de Belo Monte.
Clique aqui para ver o vídeo do Spielberg que a Globo copiou.
Agora, aqui entre nós: o Cerra duas vezes e o Alckimin, uma, sabem que não adianta a Globo tentar eleger o Presidente da República.
Belo Monte será construída, com a ajuda providencial do elenco da Globo.
Belo Monte, a oposição de ONGs, de artistas da Globo, da imprensa e a mídia cúmplice da Chevron
Nunca vi tanta comédia e tanto comediante em um vídeo só…
Por Davis Sena Filho –
Blog Palavra Livre/JB
“Ministro Paulo Bernardo: cadê
a banda larga e o marco regulatório para as mídias? Cadê a Confecom 2?
Por onde anda o projeto do Franklin Martins? Vossa Excelência o
engavetou? Com a palavra, o ministro das Comunicações, aquele que tem
medo da TV Globo”. (Davis Sena Filho)
Acabo de ver a propaganda, um
vídeo de atores da TV Globo contra a hidrelétrica de Belo Monte, no
Pará. Percebo, porém, a total falta de senso crítico dessas pessoas
urbanas e que pensam que o mundo se resume em Rio de Janeiro, São Paulo,
Nova Iorque, Paris, Miami e Londres. Os argumentos contrários e
negativos contra Belo Monte chegam a ser ridículos, se não fosse a
manipulação e a desinformação, que deixam claro que por trás … existem
ONGs estrangeiras a serviço dos interesses de seus países e a Globo,
porta-voz contumaz e tradicional dos grandes capitalistas, sendo que ela
própria é um deles.
Não posso pensar de outra
forma, bem como não me eximirei de dizer que a peça publicitária
desinforma a população, principalmente a parte dela mais exposta a
factóides, que é a classe média de perfil conservador e que acredita em
Papai Noel, porque pobres e ricos realmente não creem no homem que se
veste de vermelho e usa barba branca a anunciar os presentes para
aqueles que se comportaram direito o ano todo. Acontece que quem está a
se comportar mal são os atores da Globo e seus patrões, que se
associaram a movimentos ambientalistas do exterior que querem interferir
no processo de desenvolvimento brasileiro, sem, no entanto, se
preocupar com o combate às desigualdades sociais e regionais. O Brasil
luta contra a miséria e quer, por intermédio dos governos trabalhistas
de Lula e de Dilma retirar milhões de cidadãos da linha de pobreza.
Enganam-se aqueles desavisados
que insistem em afirmar que a luta contra a pobreza é de caráter
assistencialista, porque não é. Existe, sim, um programa de governo
colocado em prática há quase dez anos e que é, reiteradamente,
desqualificado pela imprensa privada, que insiste tomar o lugar da
oposição político-partidária do grupo formado por PSDB-DEM-PPS, que não
tem projeto para o Brasil e nem programa de governo e por isso perdeu as
últimas três eleições e poderá perder a quarta, em 2014.
Contudo, tiveram, no primeiro
turno e também no segundo turno o apoio velado da Marina Silva para o
público, porém firmado e concretizado nos bastidores. Foi dessa maneira
que a Marina agiu … após ser demitida por incompetência do Ministério,
além de se aliar a ONGs financiadas por organismos financeiros que
teimavam em boicotar e se opor aos interesses do Brasil no que concerne
ao seu desenvolvimento econômico e social, bem como no que tange ao seu
programa ambientalista, apresentado de forma surpreendente para o mundo
na 15ª Conferência de Copenhagen, capital da Dinamarca, em dezembro de
2009. O atual secretário do Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos
Minc, realizou em menos de dois anos à frente do Ministério do Meio
Ambiente o que Marina Silva não conseguiu fazer em quase sete anos no
poder.
O Brasil, então, apresentou
propostas e metas concretas para combater o desmatamento, a poluição e a
degradação dos ecossistemas, o que está a ser realizado com seriedade.
Quem duvida que acesse o portal da transparência do Governo Federal
(ferramenta que o governo tucano de São Paulo não oferece aos paulistas)
e observe as ações e os números, no que vai se surpreender quando os
compararmos com os números do governo entreguista e privatista do
neoliberal FHC, um retumbante fracasso social e econômico, porque nesse
tempo o Brasil foi três vezes ao FMI de joelhos e com o pires na mão.
A humilhação total somente
comparável quando o ministro de Estado das Relações Exteriores desse
governante tucano que vendeu o patrimônio brasileiro que ele não
construiu tirou os sapatos no aeroporto de Nova Iorque a mando de um
agente subalterno daquele país yankee. O nome do ex-chanceler é Celso
Lafer. Nunca vi tanta subserviência e pusilanimidade. Complexo de
vira-lata na veia.
Por intermédio desse
lamentável e vergonhoso episódio tive a certeza, inquestionável, que
quem tem complexo de vira-lata são nossas elites e não o grande povo
trabalhador brasileiro. O ministro de meias no aeroporto foi o símbolo
maior daquele governo capacho, do Brasil, infelizmente, de joelhos, sem
norte e, conseqüentemente, sem rumo. Um absurdo que eu não quero ver
nunca mais até a minha morte.
Apesar de a Conferência ter
sido multilateral, o Brasil apresentou, independente de acordos,
propostas reais e factíveis. O encontro no país europeu escandinavo teve
também por objetivo estabelecer o tratado que substituirá o Protocolo
de Quioto, que os EUA se recusaram a assinar no tempo do Governo Bush. O
problema é que os países considerados ricos ou ex-ricos, a crise
internacional de 2008 perdura até hoje, querem impor regras para os
pobres e emergentes quanto à questão ambiental, mas se recusam a fazer
seus deveres de casa, porque não querem parar de consumir e com isso
fomentar seus mercados e exportar.
Outro fato que está a chamar a
atenção é a questão da irresponsabilidade da Chevron-Texaco, com a
cumplicidade lamentável da imprensa burguesa nativa, que não satisfeita
em poluir o Golfo do México e prejudicar até mesmo os EUA (a
multinacional petroleira é de lá), agora polui na Bacia de Campos porque
desrespeitou as normas de segurança, além de não ter equipamentos e
ferramentas adequados para perfurar poços de petróleo em solo tão
profundo.
A imprensa de negócios e
privada durante cerca de dez dias tergiversou, dissimulou sobre o crime
ambiental e ficou a publicar releases elaborados na Assessoria de
Imprensa da Chevron-Texaco, … da TV Globo no que diz respeito a ser um
dos principais anunciantes da empresa televisiva que no passado apoiou a
ditadura militar. A imprensa tupiniquim fez, vergonhosamente, papel de
cúmplice da Chevron-Texaco, amenizou inicialmente a barberagem
gananciosa e depois teve de mostrar o derramamento de petróleo porque as
redes sociais, os blogs progressistas e o governo abriram a boca e
furaram o bloqueio da velha imprensa.
Se fosse a Petrobras, não
duvidem, as manchetes jornalísticas seriam garrafais e a “grita” seria
enorme. A Globo News iria tirar seus especialistas de prateleiras e
ficaria durantes horas e dias a “malhar” a Petrobras, a maldizer a
empresa estatal e a agredir o governo trabalhista sem parar.
Questionariam, sem sombra de dúvida, a capacidade da Petrobras em
administrar o Pré-Sal, apesar de saber que a estatal brasileira é a
petroleira que tem mais condições e capacidade técnica e logística no
mundo para tirar petróleo em águas profundas.
Quero salientar e lembrar que
essa mesma imprensa de negócios privados combateu, inadvertidamente e
irresponsavelmente, a fundação da Petrobras no dia 3 de outubro de 1953
pelo governo do trabalhista e estadista Getúlio Vargas. O político
trabalhista ainda criou a Vale do Rio Doce, que foi vendida pelo
entreguista e neoliberal FHC, professor que não criou uma única escola
técnica durante oito anos de seu governo de índices sociais baixos e até
negativos.
Agora, eu pergunto: cadê a
ex-petista e ex-verde Marina Silva? O gato comeu a língua dela? Não. Ela
se calou porque não vai cooperar com o governo trabalhista no que é
relativo à Chevron-Texaco. Ela traiu o governo e o seu partido, o PT,
como o fez também o senador Cristóvão Buarque, que no episódio da
ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que é do seu partido, o PDT,
calou-se, e quando abriu a boca foi para apagar a fogueira com gasolina.
Até o momento, nada foi comprovado contra o ministro. Como a imprensa
comercial e privada não conseguiu chegar a ele para derrubá-lo e com
isso tentar engessar o governo de Dilma Rousseff, a solução foi publicar
uma foto em que ele pega carona em um avião. Este foi o crime para a
imprensa e parte da sociedade brasileira de perfil conservador.
Acontece que, dias e dias
depois, repórteres da TV Globo sobrevoam a Bacia de Campos para filmar e
relatar a situação que eles estão a ver no que é referente ao desastre e
ao crime ambiental que tem a assinatura e as impressões digitais da
Chevron-Texaco. Até aí tudo bem, se não fosse a petroleira yankee
cliente das Organizações(?) Globo, no que diz respeito a negócios e à
publicidade. Os repórteres da Globo podem pegar carona, não é isso? É
ético, não é? Então, tá! Lembrei desse fato só para constar. Mas, para
bom entendedor, meia palavra basta.
Voltemos ao Cristóvão.
Demitido no primeiro governo Lula, bandeou-se para oposição de forma
dissimulada e passou a fazer o jogo da velha imprensa golpista,
juntamente com o senador Álvaro Dias, tucano e replicador, nas
segundas-feiras, de notícias sobre “crises” e factóides publicados no
fim de semana pela imprensa corporativa e golpista, verdadeira fábrica
de crises. Cristóvão prejudicou a reeleição de Lula em 2006. E Marina
dificultou, e muito, a eleição de Dilma Rousseff em 2010. Tanto é
verdade que José Serra, candidato da direita partidária e empresarial e
da ala da Igreja Católica conservadora, conseguiu ir para o segundo
turno.
Todavia, retornemos à
hidrelétrica de Belo Monte. Grupos privados midiáticos notadamente a TV
Globo, a Folha de S. Paulo e a Veja, associaram-se a ONGs estrangeiras
para sabotar o plano estratégico e de desenvolvimento do Brasil ora em
curso pelo governo trabalhista da presidenta Dilma Rousseff. É um plano
de reestruturação do País que não é mostrado, de forma alguma, pela
imprensa e pelas televisões comerciais, como, por exemplo, a mega obra
da transposição do Rio São Francisco, que é uma pá de cal no domínio dos
coronéis nordestinos como o cearense e cadidato derrotado a senador
Tasso Jereissati.
A TV Globo, que é a caixa de
ressonância da plutocracia nacional e internacional, tem o papel de
manipular os fatos e fazer com que os interesses políticos e financeiros
dos verdes em âmbito mundial sejam considerados justificáveis pela
opinião pública brasileira, especialmente a classe média, compradora
contumaz do pensamento do sistema midiático de direita, que assumiu de
fato a oposição política ao Governo Federal porque percebeu que a
oposição partidária não tem programa e muito menos condições, no
momento, de derrotar a presidenta Dilma em uma eleição, além de saber
que o Governo tem maioria tanto na Câmara quanto no Senado.
A minoria no Congresso é o
tendão de Aquiles dos jornalistas que abraçaram os interesses de seus
patrões e das famílias proprietárias da imprensa hegemônica, comercial e
privada brasileira. E eles, podem acreditar, odeiam a realidade que se
apresenta, cujo responsável maior pela existência dela é o presidente
Lula, que derrotou nas últimas eleições dezenas de caciques estaduais ao
pedir diretamente para o povo de cada estado que não votasse neles.
Por isso também o ódio a Lula,
que eles não o esquecem jamais, porque temem que o estadista resolva
concorrer as próximas eleições. Eles aturam, com muito rancor e
desprezo, a presidenta Dilma, mas o Lula novamente na Presidência para
essa elite preconceituosa e que detesta o Brasil e o seu povo seria por
de mais intragável. A imprensa burguesa agiu assim também com o
estadista Getúlio Vargas, político responsável pela criação do Brasil
moderno, quando ele deixou o poder em 1945 e retornou por meio do voto
em 1950.
Nesses cinco anos de
interregno, mesmo Getúlio praticamente “exilado” em seu campo, a
imprensa lacerdista (até hoje o é) nunca deixou de atacá-lo porque não
conseguia esquecê-lo jamais. A mesma coisa acontece com o Lula, político
que sabe que a imprensa difama, calunia e injuria, como o faz no
momento com o ministro Carlos Lupi e fizeram com o ministro do Esporte,
Orlando Silva, sem, no entanto, nada ainda ter sido comprovado, a não
ser que o acusador é, comprovadamente, bandido e testemunha da revista
Veja, a revista porcaria, que faz um jornalismo de esgoto.
Contudo, os homens e as
mulheres da imprensa não tem voto e também, para o desgosto deles, não
tem mais a primazia do controle total da informação como tinham em
outros tempos. Por isso, eles combatem a disseminação da banda larga
pelas mãos do Governo Federal. Então, viva a internet e as redes
sociais! Ministro Paulo Bernardo: cadê a banda larga e o marco
regulatório para as mídias? Cadê a Confecom 2? Por onde anda o projeto
do Franklin Martins? Vossa Excelência o engavetou? Com a palavra, o
ministro das Comunicações, aquele que tem medo da TV Globo.
É assim que funciona o sistema
midiático associado aos interesses do capital internacional. E parte da
classe média que passou 40 anos a ver a Globo e a ler publicações como a
Veja compartilha dessas “ideias”. Mas o que me chama a atenção mesmo é a
hipocrisia dos atores da Globo. Eles dizem que Belo Monte é o diabo
encarnado em um vídeo que lembra o teatro comercial que eles há anos
fazem e ainda o chamam de arte. Não é possível que por questões
ideológicas, políticas ou apenas implicância que a TV Globo e alguns de
seus atores participem de um vídeo que tem por objetivo travar e
boicotar o desenvolvimento do povo brasileiro, principalmente o que mora
na região norte.
A luta e até mesmo a guerra
entre os países tem como fundo de pano o controle das diferentes
energias. Vide Iraque, Líbia e Afeganistão. O Brasil que é um País
abençoado com milhares de rios, riachos e igarapés tem acesso e
facilidade para se beneficiar com a energia proveniente das águas, que é
considerada limpa e segura, contanto que sejam respeitados os
relatórios e os cálculos dos engenheiros, geólogos, geógrafos,
ambientalistas e outros profissionais que participam do esforço da
construção de Belo Monte, um projeto de quase 40 anos que enfim está a
sair do papel.
O Governo que há anos tem
enfrentado batalhas jurídicas e as vencido, agora tem de, finalmente,
começar a importantíssima obra do PAC, que vai gerar 80 mil empregos e
vai ofertar luz e energia para os brasileiros do norte, que poderão ter
mais uma oportunidade para desenvolver suas cidades e seus estados.
Enquanto nossos artistas “globais” manipulam a informação para confundir
a sociedade brasileira, os moradores nortistas querem a obra, porque
sabem que através do acesso à energia poder-se-á ter indústrias,
modernização da lavoura, surgimento de comércio, como padarias,
supermercados, frigoríficos, construção civil, hospitais, escolas e todo
tipo de segmento econômico e social. Sem energia não há
desenvolvimento. Esta é a verdade.
Obviamente que eu também prezo
pelo controle e fiscalização para que os impactos ambientais não sejam
maiores dos que os previstos. E é o que está a ser feito. O resto é
conversa dissimulada de gente que não conhece esse assunto e vai
participar de vídeo que beira ao ridículo. O que esses atores pensam que
o cidadão brasileiro é? Um idiota? Que não sabem como a banda toca em
suas vidas, suas realidades e dificuldades? Será que eles pensam que os
brasileiros nortistas não querem o que os do Sudeste tem, que é o
desenvolvimento, apesar das contradições e paradoxos sociais?
Quem eles pensam que são para
combater uma obra que vai conduzir o Brasil para sua independência no
que concerne à geração de energia? O sonho de todo país e qualquer povo
ou nação. Itaipu, Tucuruí, Chesf e outras hidrelétricas são exemplos
disso. Imaginem o Brasil sem a hidrelétrica de Itaipu? Imaginaram? O que
eles querem? Em nome de quem eles falam? Quem está por trás dessa
novela de péssimo acabamento, que é o vídeo? Será que eles pensam que
estão a fazer uma novela e repetem frases de seus scripts … ? Qual é a
intenção? Eles tem de dizer pelo menos que o vídeo, para variar, é uma
imitação de outro vídeo dirigido pelo diretor de cinema Spielberg para
que os estadunidenses saíssem de suas casas para votar. Pelo menos
informar isso. Dizer que nem para fazer o vídeo houve originalidade.
É o fim da picada! Os
mauricinhos e as patricinhas noveleiros falar de um assunto que não tem
conhecimento técnico. E por quê? E para quem? E por quais motivos e
intenções? Já não basta o Brasil ter de enfrentar países poderosos para
conquistar sua autonomia ainda tem que se deparar com gente
completamente despolitizada e que pensa, soberbamente, que é formadora
de opinião, coisa que nem mais os jornalistas o são, como ficou
comprovado com a derrota de José Serra em 2010, candidato à Presidência
evidentemente apoiado pela imprensa burguesa e privada. Esse pessoal não
se enxerga.
Então, Belo Monte vai acabar
com o Pará e quiçá com o País, que serão inundados e ficarão sob a
destruição de uma hecatombe ambiental. Vamos lá, pois: o Brasil tem
quase 200 milhões de habitantes, um PIB de R$ 3,25 trilhões, um mercado
interno poderoso que impediu o País de sofrer problemas econômicos
graves advindos da crise internacional de 2008, além de ser a sexta
economia do mundo, a superar países como a Inglaterra, a Itália e a
Espanha, bem como exerce liderança reconhecida em fóruns como os Brics, o
G-20 e o Mercosul, sem esquecer de citar que o poderoso País
sulamericano de língua portuguesa, basta dar tempo ao tempo e ter
paciência, vai ainda assumir uma cadeira no Conselho de Segurança da
ONU.
Para finalizar, quero informar
que os artistas … sugeriram que o Brasil opte pela energia eólica e
solar. Os parques eólicos demandam vento e geralmente são instalados em
litorais e ocupam enormes espaços. Como, por exemplo, fazer isso em
nosso litoral, que é fortemente turístico, setor da economia que gera
muita renda e emprego, ainda mais que o brasileiro está a viajar com
muito mais freqüência do que antes, por causa do quase pleno emprego e
do aumento salarial, além do aumento visível de turistas estrangeiros
que aportam neste País tropical.
E a energia solar. Outra
sugestão dos nossos artistas especialistas completamente urbanos que não
tem a mínima ideia da área que é necessária para produzir 100 megawatts
dessa modalidade de energia. A hidrelétrica de Belo Monte vai produzir
inicialmente 11 mil megawatts. É energia suficiente para dar um impulso
de desenvolvimento à região Norte e a um estado, o do Pará, que é
demograficamente quase vazio. As terras que vão ser alagadas pelo lago
comportam uma área de 516 quilômetros quadrados. O Estado do Pará possui
uma área de 1.247.689,515 quilômetros quadrados. Ou seja, o lago a ser
formado vai ocupar área equivalente a 1/2400 da área do estado
marajoara, que tem apenas sete milhões de habitantes, sendo que dois
milhões moram na capital Belém.
E aí o Brasil e o cidadão
brasileiro tem de agüentar alardes infundados, oposição baseada em má-fé
e especialistas que não entendem patavinas de energia via hidrelétrica,
como a de Belo Monte, que vai ser a terceira maior do mundo e que vai
dar fôlego, sobremaneira, ao desenvolvimento da região Norte que
precisa, sim, ser ocupada pelo nosso povo e não por estrangeiros e suas
ONGs. Então, para lembrar. Belo Monte vai alagar 1/2400, ou seja, quase
nada por cento das terras do Pará e esses artistas, a mando de não sei
quem (mas sei) consideram Belo Monte um atentado à natureza, sem sequer
ter conhecimento do planejamento e do plano da obra.
Tem uma mocinha no vídeo que
fala, quase escandalizada: “Vai custar R$ 24 bilhões! É muito
dinheiro!”. Como se investir no Brasil e no seu povo fosse questão
meramente contábil, de passivo, como se fosse débito ou prejuízo. É ter a
cabeça muito pequena. É pensar pouco porque se recusa a usar o cérebro.
Agora, a outra pergunta que não quer calar: “Mocinha, você sabe qual é o
PIB brasileiro?” Eu já o citei neste mesmo artigo. O nosso PIB é de R$
3,25 trilhões e a obra, segundo o Governo, custará R$ 24 bilhões. Você
sabe o que é isso? Então, pare para pensar e vai estudar teatro, que por
sinal requer talento, disciplina e conhecimento sobre a condição humana
para representar com qualidade e excelência.
Entretanto, apesar de existir
pessoas que não acreditam no Brasil e que querem, mediocremente, que
este País se comporte como pequeno, não vai dar para atendê-las.
Infelizmente, para elas. Portanto, faço mais uma pergunta que não quer
calar: como o Brasil, que tem um mercado interno poderoso e importante
vai atender suas demandas sem energia, porque a TV Globo e a imprensa
comercial privada, ONGs financiadas por banqueiros e parcela
conservadora da sociedade brasileira querem porque querem que a
hidrelétrica não seja construída. Pense bem. Imagina um coisa insensata
dessa? Afirmo e repito: a imprensa privada não tem compromisso com o
Brasil, porque ela é alienígena e faz parte da estrutura do sistema de
poder dos mercados nacionais e internacionais. Belo Monte tem de ser
construída e depois inaugurada. É uma questão de estratégia e de
sobrevivência e independência do Brasil. É isso aí.
Em tempo: o Conversa Afiada fez alguns cortes no texto original. Estavam onde aparecem as reticências. PHA
Do Blog CONVERSA AFIADA.
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