O
perfil da presidente Dilma Rousseff será tema de uma reportagem da
revista estadunidense "The New Yorker" que circula na edição do dia 5 de
dezembro. Em prévia divulgada no site da revista, a publicação mostra
que a análise partirá, principalmente, do momento econômico positivo que
o Brasil passa, em comparação à economia mundial, para mostrar quem é a
presidente.
Sob o título de "The
Anointed", a ungida, na tradução literal, remete os feitos de Dilma ao
trabalho de seu padrinho e antecessor político, o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva.
A reportagem trará fatos da história recente do país, como a ascensão de parte da classe baixa à média em 2010.
Depois
analisa que o país era "antes um dos mais ignorantes e de economia
instável" e hoje vive um momento de crescimento, baixo endividamento,
equilíbrio orçamentário e emprego pleno.
A revista afirma ainda, erroneamente, que o Brasil tem uma inflação baixa.
Em
tom crítico, detalha que o Brasil é, "caoticamente democrático", e tem
uma imprensa livre, mas que opera de maneiras condicionadas.
Segundo
o site, entre os grandes poderes econômicos, o Brasil alcançou algo
raro: "alto crescimento, a liberdade política e a diminuição da
desigualdade". Nesse contexto, aponta que a força do governo é "Dilma
Rousseff".
HISTÓRIA
A
reportagem narra a história de Dilma, relatando que, em 2010, Lula a
ungiu como sucessora. E que a presidente, agora com 63 anos, era um
estudante universitária durante o golpe de 1964 que estabeleceu a
ditadura militar no Brasil (1964-1985). Naquele período, ela
"rapidamente se radicalizou".
O
texto conta que no final dos anos 1960, Dilma foi casada com um
militante de oposição à ditadura, Cláudio Galeno Linhares, com quem
viveu na clandestinidade, armazenou e transportou armas, bombas e
dinheiro roubado, além de planejar e executar ações. Depois, deixou
Linhares para se casar com Carlos Araújo.
No
início de 1970, após ser presa pelos militares, passou três anos na
prisão, onde ela teria sido submetido "a tortura extensiva". Segundo a
revista, Dilma insiste que nunca esteve pessoalmente envolvida em ações
violentas durante seus dias de militante.
Depois
de liberada, ela se pós-graduou em economia, se filiou ao PDT e logo
começou a trabalhar em cargos de governo em Porto Alegre.
Quando presidente, Lula se reuniu com Dilma e "de tão impressionado que ficou, a nomeou ministra de Minas e Energia".
E
finaliza falando de corrupção: "Mesmo com os numerosos escândalos que
têm assolado a administração de Dilma, ninguém acredita que ela seja
corrupta".
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