O Conversa Afiada reproduz post do Blog do Planalto:
Brasil não vai transferir empregos para outros países, diz presidenta na entrega de navio do PAC
A presidenta Dilma Rousseff participou hoje (25) da cerimônia de entrega do navio Celso Furtado no Estaleiro Mauá. É a primeira embarcação entregue por um estaleiro brasileiro ao Sistema Petrobras desde 1997. Sua construção faz parte do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), que marca a retomada da indústria naval brasileira com a abertura de novos estaleiros e a modernização dos existentes.
No discurso, Dilma Rousseff lembrou
o desmonte vivido pela indústria naval no Brasil. Seu ressurgimento,
afirmou, é resultado do esforço do ex-presidente Lula, que acreditou no
trabalhador brasileiro.
“A indústria naval, quando o
presidente Lula chegou ao governo, estava paralisada. E você via no
chão, nos muitos estaleiros que já tinham produzido navio, a grama
crescendo por entre as pedras. Isso foi responsabilidade de um momento
terrível da nossa história, em que nós tivemos uma das maiores perdas
para os trabalhadores do setor metalúrgico do Brasil. E aí, o presidente
Lula tomou uma decisão. Nós podemos produzir no Brasil o casco, o navio
e a plataforma.”
A presidenta Dilma disse ainda que a
indústria naval vai continuar gerando emprego. Além da Petrobras, as
empresas de petróleo que atuam no país vão manter seus investimentos, o
que aumentará a demanda por navios, plataformas e sondas. Os postos de
trabalho aqui criados, afirmou a presidenta, não sairão do país.
“Eu lutei muito para que o Brasil
voltasse a produzir o que ele era capaz. Nós não vamos transferir
emprego para ouros países do mundo. Os empregos gerados para o Brasil
serão mantidos no Brasil.”
A presidenta fez uma homenagem ao
economista Celso Furtado (1920-2004), que, segundo ela, soube separar
crescimento de desenvolvimento.
“Um país só se desenvolvia se os
empregos ficassem cada vez melhor, se cada família pudesse colocar seu
filho na escola e ter acesso à saúde. Para ter desenvolvimento, teria
que ter crescimento, geração de emprego e distribuição de renda. Senão,
não era desenvolvimento.”
Programa de Navios – Com o Celso
Furtado, já foram lançados ao mar quatro navios, todos batizados em
homenagem a importantes personagens da história do Brasil. Com
capacidade para 48,3 mil toneladas de porte bruto, ele será responsável
pelo transporte de combustíveis (gasolina e diesel) entre os estados.
Segundo a Transpetro, subsidiária
da Petrobras, duas mil pessoas trabalharam na construção do navio. Uma
delas, Alessandra dos Santos, subchefe de máquinas, não segurou a
emoção. No discurso, falou do antigo sonho de ser comissária de bordo
que deixou de lado quando conheceu o trabalho da Marinha Mercante.
Trocou o céu pelo mar e acompanhou de perto a construção do Celso
Furtado.
“Há dez meses acompanho o
nascimento do navio que já faz parte da minha vida. Assim, não poderia
deixar de prestar homenagem a todos os trabalhadores do Estaleiro Mauá.
Vi de perto o empenho e dedicação de cada um deles que ajudaram a
transformar esse sonho em realidade.”
Pelo Promef, que faz parte do
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), deverão ser entregues, até
2015, 49 navios petroleiros e gaseiros de grande porte, sendo 23 deles
na primeira fase do projeto (com 65% de nacionalização) e 26 na segunda
etapa (com 70% de nacionalização). Com isso, a frota da Transpetro, hoje
com 53 navios, vai superar o número de 110 embarcações.
“Há dez anos, a indústria naval
brasileira estava destruída. Não havia navios em construção, não havia
funcionários, apenas um resíduo de dois mil funcionários, e nada mais.
Hoje são 60 mil funcionários que trabalham na industria naval
brasileira”, disse o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.
Selo e carimbo comemorativos foram
lançados pelos Correios na cerimônia no Estaleiro Mauá. Acompanha a
imagem da embarcação Celso Furtado, a legenda: Primeiro navio do PAC em
operação.
Ouça aqui o discurso de Dilma na íntegraEm tempo: alám de Celso Furtado, João Cândido, Sérgio Buarque de Holanda e Rômulo Almeida também deram o nome a navios que comprovam a ressurreição de uma indústria que Cerra e FHC quase destruitam. PHA
Do Blog CONVERSA AFIADA.
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