Ivan Seixas elogia escolhas de Dilma e diz que advogada Rosa Maria se submeteu a vexame para defendê-lo
Luiz Carlos Azenha
O ex-preso político Ivan Seixas elogiou as escolhas da presidenta Dilma para compor a Comissão da Verdade, dizendo que a apuração dos crimes da ditadura militar também vai depender da sociedade.
Segundo Ivan, cinco dos sete integrantes são ligados ao Direito: o
ministro do STJ Gilson Dipp, o subprocurador geral Cláudio Fontelles e
os advogados José Carlos Dias, Rosa Maria Cardoso da Cunha e José Paulo
Cavalcanti Filho. O diplomata Paulo Sergio Pinheiro e a psicanalista
Maria Rita Kehl completam o grupo.
“Eles têm uma visão de legalidade, uma visão de Justiça que é fundamental”, disse Ivan.
Ele afirmou que a presença da advogada Rosa Maria é especialmente
importante, pela forma como ela se dedicou à defesa dos presos políticos
durante a ditadura.
Rosa defendeu Dilma Rousseff e o próprio Ivan Seixas, que passou dois
meses sequestrado pelo regime, quando ainda era menor de idade, depois
de preso com o pai.
“Mesmo grávida de sete meses, [Rosa] se submeteu a uma revista vexatória
— teve de ficar nua diante das policiais –, tudo isso para defender o
seu cliente, que era eu”, narrou Ivan.
O pai de Ivan, Joaquim Seixas, foi preso e barbaramente torturado até à morte.
O ex-preso político defende que sindicatos, universidades e associações
formem suas próprias comissões para coletar informações sobre os crimes
da ditadura, que em seguida seriam repassados à Comissão oficial.
Clique abaixo para ouvir a avaliação de Ivan sobre cada um dos nomes:
OS LEITORES PODEM OUVIR NO BLOG DO ESQUERDOPATA.
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