sexta-feira, 25 de maio de 2012

‘Para nós, é questão de princípio repudiar, repelir e barrar qualquer tentativa de censura ou restrição à liberdade de imprensa’

A frase é de uma resolução do 4º Congresso do PT e foi repetida pelo secretário de Comunicação do Partido, deputado André Vargas (PR), numa reportagem de Najla Passos para a Carta Maior.

Vargas falou sobre as relações do PT, a CPMI e a mídia, e deixou clara a posição do partido em relação a temas que vivem sofrendo "transformações" na mídia corporativa, que joga por um jornalismo de resultados (como defini aqui em 2006, A moda do 'jornalismo de resultados'), com o objetivo de misturar as cartas e enfraquecer o foco da CPMI do Cachoeira: as relações entre os membros da quadrilha comandada pelo bicheiro flagradas por escutas da PF nas Operações Vegas e Monte Carlo.

Sobre a versão midiática, exaustivamente repicada, após o flagra do SBT num torpedo do deputado Vacarezza para o governador do Rio Sergio Cabral:

“O episódio com o Vacarezza está sendo usado pela mídia para enfraquecer o PT e a pauta do partido que, aliás, é a que motivou a criação da CPMI: investigar as relações do Cachoeira com agentes públicos e privados, e não se perder em investigações sobre a relação do crime organizado com a empreiteira Delta, como quer a oposição, na tentativa de desviar o foco central”, acrescentou.

Segundo Vargas, o que Vacarezza escreveu é o que ele próprio já havia dito publicamente. “Não há, pelo menos até o momento, nada contra Cabral e nem contra nenhum outro governador, à exceção do Marconi Perillo (PSDB), de Goiás. “Vacarezza tem se destacado muito pela capacidade de articulação e enfrentamento. Não é por acaso que o estão atacando”, justifica. 

Outra questão trabalhada pelo jornalismo de resultados da mídia corporativa é a de que o PT quer censurar a liberdade de imprensa. Sobre isso, o deputado disse (grifo meu):

“Entre as denúncias que precisam ser apuradas a partir de elementos probatórios em mãos da CPMI estão as relações entre o crime organizado e alguns órgãos de imprensa. O que está em jogo é a apuração de fatos criminosos, não os ataques à liberdade de expressão, como tentam confundir setores da mídia conservadora. Quanto aos meios de comunicação, reafirmamos a resolução aprovada no 4º. Congresso do PT: ‘Para nós, é questão de princípio repudiar, repelir e barrar qualquer tentativa de censura ou restrição à liberdade de imprensa’”.


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