sábado, 19 de maio de 2012

Pelo fim do Terror de Estado...repassem

Carta O Berro.........................................................repassem


Camarada e Amig@s

segue meu texto publicado no Brasil de Fato que começou a circular ontem.

Putabraço,
Alipio Freire


ARTIGO

Pelo fim do Terror de Estado

Brasil de Fato

13.05.2012

Alipio Freire (*)



A última semana foi pródiga no que diz respeito aos Direitos Humanos no Brasil.

Em 7 de maio, foram expedidos mandados de prisão contra o coronel Mário Colares Pantoja e o major José Maria Pereira de Oliveira, responsáveis pelo Massacre de Eldorado do Carajás (PA-1996), quando 19 trabalhadores rurais sem terra (MST) foram assassinados pela PM.

Na sexta-feira (11.05), a presidenta Dilma Rousseff anunciou os nomes dos integrantes da Comissão Nacional da Verdade – CNV. 

No sábado (12.05), completaram-se seis anos dos Crimes de Maio, quando o consórcio PM-Crime organizado, em uma semana, assassinou cerca de 600 pessoas nos bairros populares e periferias da Grande São Paulo. Como parte da luta pelo esclarecimento dos crimes e punição dos responsáveis, o movimento Mães de Maio realizou um ato público em Santos.

Paralelamente, seguia a polêmica sobre a publicação do livro “Memórias de uma guerra suja”, dos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros, a partir de entrevista com o hoje pastor evangélico Cláudio Guerra, ex-delegado do Deops capixaba, e “um dos policiais mais poderosos dos anos 70 e 80”, sobre crimes perpetrados por ele e outros agentes do Estado, a serviço dos sucessivos governos da ditadura do pós-64.

A semana se encerrou com escraches-esculachos, promovidos por um conjunto de coletivos de jovens que se apresentam sob a rubrica geral de Levante Popular da Juventude – por sinal, o mais adequado e conseqüente movimento surgido nos últimos meses. 

O denominador comum de todas essas manifestações reside no Terror de Estado implantado pelo capital desde o golpe de 64, e do qual, o novo Estado de Direito herdou (e até aperfeiçoou) as diretrizes centrais.

Se é isto, cabe aos diversos movimentos contra a Ordem do Terror que se impõe à classe trabalhadora e ao povo, pensar uma forma conjunta de estabelecer – guardadas a independência e a autonomia de cada movimento – estratégia e políticas comuns, capazes de nos fazer avançar no aprofundamento da democracia hoje vigente.


 (*) Alipio Freire, jornalista e escritor, integra o Conselho Editorial do Brasil de Fato, e faz parte da Diretoria do Núcleo de Preservação da Memória Política.

Do e-mail recebido de Vanderley - Revista Carta O Berro.

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