terça-feira, 18 de setembro de 2012

Bomba: 'mensalão' da Visanet no governo FHC abasteceu campanha tucana de 2002

Seguindo o caminho do dinheiro, descobre-se onde foi parar uma parte...
Provas indiciárias mostram que o chamado "mensalão" da Visanet abasteceu a campanha do deputado Edson Aparecido (PSDB/SP) em 2002.

Hoje, o deputado tucano é Secretário estadual de Assuntos Metropolitanos do governo Alckmin (PSDB), e coordenador de campanha de José Serra (PSDB) na eleição deste ano.

O inquérito n. 2474/STF, também nas mãos do Ministro Joaquim Barbosa, traça o caminho do dinheiro da Visanet para a DNA Propaganda, nos anos de 2001 e 2002, durante o governo FHC.

Grande parte desse dinheiro foi repassado para a empresa Takano Editora e Gráfica, o que foi identificado já na CPI dos Correios.

A Polícia Federal investigou mais um pouco e apontou que boa parte dos serviços não foram prestados, pedindo maiores investigações sobre esta empresa que, estranhamente, faliu um mês após Roberto Jefferson dar a entrevista sobre o "mensalão".

Não é preciso ser policial federal para consultar as doações de campanha da referida empresa nas eleições de 2002. A maior doação declarada ao TSE dessa empresa foi R$ 103.300,00 ao deputado Edson Aparecido (PSDB-SP).

Esses R$ 103 mil foram receitas declaradas como doação de valor estimado. Na coluna das despesas aparece o mesmo valor sem identificar o fornecedor, o que indica que possa ser a própria Takano que doou material gráfico de campanha e declarou o valor do material como doação.

Nas eleições de 2002, Geraldo Alckmin também declarou ter recebido uma doação de R$ 4.000,00 desta mesma empresa.

O inquérito 2474 aponta que alguns milhões transitados pela Takano não tiveram destino identificado ainda, o que gera suspeita de ter alimentado caixa-2 de campanhas tucanas, em 2002.

http://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2011/04/Doc_Parte_1_60WEB.pdf
Laudos da PF mapeiam o caminho do dinheiro até a gráfica Takano
Doação de campanha estimada de R$ 103.300,00 indica que é valor de material gráfico

Despesa no mesmo valor da receita indica que, muito provavelmente, trata-se de material de campanha doado pela gráfica. Porém a empresa foi abastecida antes com dinheiro pago do chamado "mensalão" da Visanet.

Estes fatos comprovam mais uma vez que o "mensalão tucano" não foi "mensalao mineiro", como a imprensa demotucana vendeu em suas páginas. E este caso é só a ponta do iceberg.

Apesar dos fatos desta transação terem ocorrido em 2002, portanto antes do que ocorreu envolvendo petistas, o Procurador-Geral da República e o ministro relator Joaquim Barbosa, tomaram a decisão política de dedicarem-se aos fatos ocorridos posteriormente, a partir de 2003, deixando o envolvimento de tucanos para segundo plano. Assim com fizeram no caso Eduardo Azeredo de 1998.

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