“Como disse o procurador-geral da
República, Roberto Gurgel, Marcos Valério é “um jogador” e deve ser visto com
cautela. Mas assim como o empresário, Roberto Civita, da Abril, também decidiu
jogar cartas e trucou ao acusar Lula de ser o chefe do mensalão sem ter o Zap.
Entenda como funciona um dos truques mais manjados do jornalismo, que é
atribuir a “interlocutores próximos” declarações de terceiros e saiba por que a
possibilidade de que Veja tenha uma fita com Valério é praticamente nula
Brasil 247
Algoz dos chamados “mensaleiros”, o
procurador-geral da República, Roberto Gurgel não comprou a estória relatada
por Veja neste fim de semana, segundo a qual Marcos Valério estaria espalhando
a “interlocutores” próximos a tese de que Lula era o verdadeiro chefe do
mensalão. Gurgel disse que Valério é um “jogador” e que suas declarações devem
ser tomadas com cautela – ainda que o advogado de Valério, Marcelo Leonardo
tenha negado que seu cliente tenha dado qualquer declaração a Veja.
Ocorre que Valério não é o único “jogador”.
Assim como ele, a revista Veja, de Roberto Civita, também decidiu jogar cartas.
O objetivo, evidentemente, é aniquilar o ex-presidente Lula. E como numa
partida de truco, Veja blefou sem ter o Zap – a carta que derruba todas as
outras. No caso concreto, o Zap seria a fita com a entrevista de Marcos
Valério. E a possibilidade de que essa fita exista é remotíssima, praticamente
nula.
A “existência” da fita, até agora, só foi
confirmada pelo jornalista Ricardo Noblat. Disse ele que Valério deu entrevista
a Veja e que, depois disso, diante da discordância do advogado Marcelo
Leonardo, ele teria recuado e pedido à direção da revista Veja que a publicasse
de forma indireta – atribuindo suas declarações a terceiros.
Ocorre que, para que essa estória fosse
verdadeira, Valério teria que ter algum poder de pressão sobre Veja. Com que
argumento um empresário praticamente falido, à beira da prisão, convenceria um
jornalista e uma revista que caça Lula há oito anos a não publicar uma
entrevista tão bombástica? Seria impossível qualquer tipo de acordo.”
Matéria Completa, ::AQUI::
Nenhum comentário:
Postar um comentário