quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Serra ataca Dilma, mas surrupia obras do PAC em propaganda na TV

Obra do PAC mostrada na propaganda de José Serra como se fosse só dele.
http://www.planejamento.gov.br/PAC2/2Balanco/docs/2Balanco_Eixo_Minha_Casa_Minha_Vida.pdf

Em queda nas pesquisas e com rejeição recorde de 46%, José Serra (PSDB) volta ao seu instinto primal de fazer campanha agredindo os outros com baixarias.

E ele atacou a presidenta Dilma:

“Ela [Dilma] vem meter o bico em São Paulo, vem dizer para os paulistas como é que eles devem votar. Não se pode impedir isso, é só registrar. Ela que mal conhece São Paulo vem aqui dar o seu palpite, faz parte da regra do jogo… Levou até uma ministra, nomeou até um ministério.” - disse Serra.

Ora, quem tem fama de dormir até o meio-dia e só ver São Paulo de helicóptero é José Serra. Quando era governador o povo era mantido pela polícia a 1 km de distância do Palácio. Meses atrás, quando ele estava na liderança das pesquisas, foi fazer campanha em Londres, Nova Iorque, Madri, etc. Com esse hábitos, ninguém consegue conhecer a cidade profunda, aquela dos problemas que afligem a população e precisam ser resolvidos.

Até dentro do gabinete em Brasília, Dilma conhece os problemas de São Paulo melhor do Serra. Basta ver o PAC das comunidades, no eixo Minha Casa, Minha Vida, que deflagrou a urbanização e construção de moradias em Heliópolis e Parisópolis, que o Serra engana o eleitor ao mostrar como se fosse obra dele.

A prefeitura e o estado tiveram sim que fazer sua parte, inclusive colocar algum dinheiro também, mas sem o governo federal colocar dinheiro do orçamento da União, garantir financiamento da Caixa, sem que o governo federal deflagrasse esses projetos no PAC, não existiria o que Serra mostrou na TV. Aquilo não foi obra "do Serra", foi obra do PAC, que a prefeitura e estado aderiram, até porque, se não aderissem, as verbas acabariam remanejadas para outras cidades do Brasil que tivessem bons projetos na fila. É pena que os governos tucanos não aderiram a mais projetos, e passaram os últimos 6 anos dizendo que o PAC não existia.

Essa discussão é repetição da eleição de 2010, com o mesmo José Serra, repetindo os mesmos argumentos falsos, por isso repito um texto do blog tijolaço, publicado naquela época:

Toma, Serra, pra deixar de ser falso

Dessa eu gostei. Ontem, com os dados da Prefeitura de São Paulo, eu já havia mostrado que José Serra mentia descaradamente ao dizer que as obras do PAC nas comunidade de Paraísópolis e HELIÓPOLIS, em São Paulo.

Hoje, na entrevista coletiva que deu em São Paulo, Dilma apresentou os convênios relativos as duas obras. A narrativa, deliciosa, é do repórter Cláudio Leal, do Terra:

“Serra a acusou de “propaganda enganosa” no horário eleitoral, por ter apresentado a urbanização das duas COMUNIDADES. “O governo federal anunciou que o Lula vai a PARAISÓPOLIS inaugurar. Inaugurar o quê? Lá, tem um conjunto habitacional que foi feito pelo município. Tem um dinheiro federal lá, de 20% a 30% (…) Depois vai para a televisão e não dá ideia de quem está fazendo aquilo”, atacou o candidato tucano.

Auxiliada por papéis, Dilma contestou o rival e listou os investimentos federais nas obras de urbanização dos bairros pobres. Em 19 de dezembro de 2007, o contrato de HELIÓPOLIS. Segundo a petista, 40% das obras são tocadas pela Prefeitura de São Paulo; dos R$ 203 milhões investidos, R$ 148,4 milhões são provenientes dos cofres federais, “para 1.427 novas moradias e para recuperar 1.343 casas”. Há ainda trabalhos de organização fundiária, pavimentação e saneamento.

Dilma vira a folha. Agora, os dois contratos de PARAISÓPOLIS, assinados em 26 de dezembro de 2007. No primeiro, com a prefeitura, do total de R$ 238,2 milhões, R$ 106,3 milhões vêm do governo federal. No segundo contrato, com o governo do Estado – Dilma enfatiza: “do ex-governador Serra” -, dos R$ 80,6 milhões aplicados na construção de moradias, R$ 56,6 milhões são federais.

“Respondi a uma crítica e estou respondendo”, disse Dilma, no contra-ataque. Segundo ela, a população de HELIÓPOLIS e PARAISÓPOLIS não pensa igual a Serra em relação à origem dos recursos.

Como dizia aquela propaganda da Parmalat: tomou?

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