TEM QUE CONCORDA COM O MINISTRO, SE NÃO....
....ELE INTERPELA E FALTA COM O DEVIDO RESPEITO.
O Ministro Joaquim Barbosa deu hoje mais uma demonstração de seu
destempero e empáfia. DATA VÊNIA, sua Excelência quer IMPOR ao Ministro
Revisor o que ele pode ou não dizer , e ainda se acha no direito de
emitir uma crítica quanto à sobriedade do voto de Lewandowsky. Tudo isso
diante de um Presidente (Ayres Britto) que não se mostra em condições
de "parar" o Relator e mostrar-lhe que ele não é dono da verdade nem
dono do STF.
Clima no julgamento do mensalão volta a ficar tenso com nova discussão entre Barbosa e Lewandowski
Brasília – Um clima de
mal-estar voltou a se instalar entre os ministros do Supremo Tribunal
Federal (STF) Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski. O relator e o
revisor da Ação Penal 470, conhecida como o processo do mensalão,
discutiram por duas vezes em menos de dez minutos hoje (12), no início
da sessão do julgamento.
CONFIRA O PLACAR DOS VOTOS DO JULGAMENTO
Ao começar seu voto sobre o capítulo quatro, que trata de lavagem de
dinheiro no núcleo financeiro e no núcleo publicitário, Lewandowski
citou uma reportagem jornalística em que o delegado da Polícia Federal
(PF) Luís Flávio Zampronha afirma que a ré Geiza Dias não deveria ter
sido denunciada. Zampronha chefiou as investigações do caso mensalão na
PF entre 2005 a 2011.
Enquanto Lewandowski procurava um documento, Barbosa tomou a palavra
para criticar a citação. “Vejam como as coisas são bizarras no nosso
país. Um delegado preside um inquérito e, quando ele já se transforma em
ação penal, ele vai à imprensa e diz que fulano não deveria ter sido
denunciado. Isso é um absurdo. Em qualquer país decentemente organizado,
um delegado desse estaria, no mínimo, suspenso”.
O argumento foi corroborado pelo ministro Gilmar Mendes, para quem o
processo tem elementos suficientes para ser discutido sem citações
externas. “É atitude heterodoxa falar com base em jornais. Isso porque
dissemos que vamos apenas nos ater em provas”, disse Mendes.
Lewandowski continuou seu voto falando que o processo do mensalão não é
“dos mais ortodoxos” e, ao absolver Geiza Dias, começou a desconstruir a
tese condenatória de Barbosa. O estilo do revisor desagradou Barbosa.
“Isso aqui não é academia. Estamos aqui para examinar fatos e dados e
dar a decisão. Vamos parar com essas intrigas”, disse Barbosa, chamando o
revisor a fazer um voto “sóbrio”.
Lewandowski se disse “perplexo” com a intervenção do colega, ressaltando
que estava apenas apresentando outro ponto de vista. “Há pontos em que
nós discordamos. Jamais ousaria insinuar que [o voto] esteja incompleto
ou que, de qualquer forma, não tenha atendido aos cânones processuais.
Longe de mim. O senhor está fazendo ilação descabida”, retrucou o
revisor.
Os ânimos só foram acalmados após a intervenção do presidente da Corte,
Carlos Ayres Britto, e do decano Celso de Mello, que destacaram a
importância de opiniões divergentes no colegiado. Ayres Britto garantiu a
palavra para que Lewandowski continuasse seu voto da maneira que
considerasse adequada.
Além de absolver Geiza Dias, funcionária da empresa de Marcos Valério, o
revisor já votou pela inocência de Ayanna Tenório, ex-dirigente do
Banco Rural. É o segundo voto favorável a Tenório, que também foi
absolvida do crime de lavagem de dinheiro por Joaquim Barbosa na última
segunda-feira (10).
Edição: Lana Cristina
Débora Zampier - Agência Brasil
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