Por Altamiro Borges
Ao participar de uma missa celebrada pelo padre-midiático Marcelo Rossi, ontem, o tucano José Serra até chorou. O candidato assistiu à cerimônia do altar, como se estivesse num palanque. Na chamada “missa da cura e libertação”, o religioso conservador falou sobre a superação das adversidades e citou um versículo de Eclesiástico: “Não entregues tua alma à tristeza e não aflijas a ti mesmo com tuas preocupações”. Serra até comungou. “Nada poderá me abalar. Nada poderá me derrotar”, dizia o refrão da música que embalou a ceia.
Será que o eterno candidato do PSDB se emocionou com as palavras do “padre amigo” ou estava mesmo era abalado com os últimos resultados das pesquisas eleitorais? A do Ibope apresenta Serra tecnicamente empatado com o petista Fernando Haddad, correndo o sério risco de nem ir ao segundo turno das eleições para a prefeitura da capital paulista. Ou ele está preocupado com os sintomas crescentes de “cristianização” da sua candidatura, com vários “apoiadores” abandonando o barco da sua campanha à deriva.
Candidatos já descolam a imagem
Segundo relato da Folha tucana de hoje, candidatos a vereador da coligação já tentam descolar sua imagem da de Serra. “Aspirantes à Câmara Municipal omitem o nome do tucano em panfletos e não pedem votos a ele. Rejeição de Serra e a falta de ajuda financeira para as despesas de campanha provocam afastamento de aliados”, destaca a matéria. Três candidatos – dois deles que concorrem à reeleição – confirmaram ao jornal que “já jogaram a toalha e decidiram fazer campanha sozinhos, sem a ‘dobradinha’ com o tucano”.
A forte rejeição de Serra – que atingiu 43% no Datafolha, superando o recorde histórico de Paulo Maluf em 1992 (38%) – preocupa os pragmáticos candidatos à vereança. Eles temem ser contaminados pela queda do tucano. Conforme apurou o jornal, as maiores resistências se encontram entre os aliados do PR, PSD e DEM, partidos coligados ao PSDB na chapa majoritária. Mas também há tucanos fugindo de Serra. É o caso de Luciano Gama, “que confeccionou 200 cavaletes sem o nome do candidato de seu partido”.
Tucanas sentem a "sangria" de votos
O risco da “cristianização” preocupa as madames tucanas. “No jantar oferecido a José Serra anteontem, no Morumbi, mulheres do PSDB diziam ‘sentir na pele’ a ‘sangria’ de votos. ‘Até no nosso meio, tucano, estão indo para o Chalita [PMDB], para o Russomanno e até para o PT", disse uma delas à coluna. Os números do Datafolha confirmam: Serra caiu de 76% para 61% em uma semana entre simpatizantes do PSDB. Chalita subiu de 4% para 9% nesse grupo e Russomanno, de 7% para 23%”, relata Mônica Bergamo.
Ao participar de uma missa celebrada pelo padre-midiático Marcelo Rossi, ontem, o tucano José Serra até chorou. O candidato assistiu à cerimônia do altar, como se estivesse num palanque. Na chamada “missa da cura e libertação”, o religioso conservador falou sobre a superação das adversidades e citou um versículo de Eclesiástico: “Não entregues tua alma à tristeza e não aflijas a ti mesmo com tuas preocupações”. Serra até comungou. “Nada poderá me abalar. Nada poderá me derrotar”, dizia o refrão da música que embalou a ceia.
Será que o eterno candidato do PSDB se emocionou com as palavras do “padre amigo” ou estava mesmo era abalado com os últimos resultados das pesquisas eleitorais? A do Ibope apresenta Serra tecnicamente empatado com o petista Fernando Haddad, correndo o sério risco de nem ir ao segundo turno das eleições para a prefeitura da capital paulista. Ou ele está preocupado com os sintomas crescentes de “cristianização” da sua candidatura, com vários “apoiadores” abandonando o barco da sua campanha à deriva.
Candidatos já descolam a imagem
Segundo relato da Folha tucana de hoje, candidatos a vereador da coligação já tentam descolar sua imagem da de Serra. “Aspirantes à Câmara Municipal omitem o nome do tucano em panfletos e não pedem votos a ele. Rejeição de Serra e a falta de ajuda financeira para as despesas de campanha provocam afastamento de aliados”, destaca a matéria. Três candidatos – dois deles que concorrem à reeleição – confirmaram ao jornal que “já jogaram a toalha e decidiram fazer campanha sozinhos, sem a ‘dobradinha’ com o tucano”.
A forte rejeição de Serra – que atingiu 43% no Datafolha, superando o recorde histórico de Paulo Maluf em 1992 (38%) – preocupa os pragmáticos candidatos à vereança. Eles temem ser contaminados pela queda do tucano. Conforme apurou o jornal, as maiores resistências se encontram entre os aliados do PR, PSD e DEM, partidos coligados ao PSDB na chapa majoritária. Mas também há tucanos fugindo de Serra. É o caso de Luciano Gama, “que confeccionou 200 cavaletes sem o nome do candidato de seu partido”.
Tucanas sentem a "sangria" de votos
O risco da “cristianização” preocupa as madames tucanas. “No jantar oferecido a José Serra anteontem, no Morumbi, mulheres do PSDB diziam ‘sentir na pele’ a ‘sangria’ de votos. ‘Até no nosso meio, tucano, estão indo para o Chalita [PMDB], para o Russomanno e até para o PT", disse uma delas à coluna. Os números do Datafolha confirmam: Serra caiu de 76% para 61% em uma semana entre simpatizantes do PSDB. Chalita subiu de 4% para 9% nesse grupo e Russomanno, de 7% para 23%”, relata Mônica Bergamo.
Do Blog do Miro.
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