Tendência consolidada - confirmada pelas pesquisas IBOPE de 6ª feira pp.
e Datafolha da 5ª feira - a candidatura tucana de José Serra
(PSDB-DEM-PV) embicou para o despenhadeiro de queda continua na intenção
de voto e da rejeição crescente.Assim, a eleição em Sampa caminha para
uma disputa entre os concorrentes do PRB, ex-deputado Celso Russomanno e
o nosso candidato, ex-ministro da Educação, Fernando Haddad
(PT-PCdoB-PSB-PP).
Tudo indica, teremos um 1º e 2º turno diferentes, não mais com aquela
tradicional polarização PT x PSDB que marca as eleições em São Paulo
desde o final da década de 80. José Serra continua caindo e já esta
empatado de fato - e não apenas tecnicamente - com Haddad, ambos com 18%
nas pesquisas diárias.
Elas indicam que o candidato do PMDB, deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP)
tende a crescer um pouco e Haddad vai se aproximar de Russomanno que
tem cerca de 30% no IBOPE e no Datafolha. O petista tende a chegar ao 1º
turno dia 7 de outubro com a preferência de 1/3 do eleitorado
paulistano, a votação tradicional do PT na capital e no Estado na 1ª
etapa da disuta. Na 2ª, dia 28 de outubro, no segundo turno, Haddad
ganha.
O PSDB é alijado do poder em todo o Sul e Sudeste
Com a derrota tucana previsível na maior capital do país, o PSDB caminha
para não governar nenhuma cidade das regiões Sul-Sudeste. Dai a
explicação para a pressão que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) exerceu
sobre o prefeito candidato à reeleição em Belo Horizonte, Márcio Lacerda
(PSB-PSDB), prometendo sabe-se lá o que para que ele rompesse a aliança
PT-PSB que mantinha conosco desde 2008 (que o elegeu, diga-se de
passagem) e excluísse o PT da vice em sua chapa em BH.
Uma das razões para o tutor Aécio forçar o tutelado Mácio Lacerda a
romper a aliança, sabe-se, é sua candidatura a presidente da República
em 2014, que exige hegemonia política total pelo menos em Minas Gerais. E
que Aécio não conquistará, dentre outras razões porque deixou o Estado
falido para o sucessor que elegeu, o governador, também tucano, Antônio
Anastasia.
Já Haddad caminha para a conquista de céu de brigadeiro na rota final de
chegada ao 1º turno. O oposto da dupla José Serra e seu principal
apoiador, o prefeito paulistano Gilberto Kassab (ex-DEM-PSDB,hoje PSD).
José, vive seu pior momento com o forte crescimento da rejeição a sua
candidatura e abandono pelos candidatos a vereador que temem se associar
a sua imagem. Eles já tentam descolar sua imagem da de Serra, não pedem
mais votos para ele e omitem seu nome em panfletos e material de
campanha.
José e Kassab na marcha inexorável para uma derrota histórica
José e Kassab vão ao encontro de uma derrota histórica pela reprovação à
gestão Kassab; o desejo da população de mudança na Prefeitura; a
desconfiança de 2/3 do eleitorado de que José eleito abandonaria de novo
o governo municipal; e a rejeição a ele, hoje já na casa de 50% entre
os jovens e crescendo no eleitorado mais conservador.
Nas quatro semanas que nos restam até o 1º turno, a questão é saber quem
representará este desejo de mudança do eleitor e cidadão paulistano -
Russomanno ou Haddad. Pelas pesquisas Datafolha e IBOPE, mais a
avaliação dos programas de campanha no rádio e TV, hoje Russomanno com
31% de intenções de voto ainda está em 1º lugar no imaginário do
eleitor.
Mas, as pesquisas também sinalizam claramente o crescimento de Haddad e
que a força eleitoral do PT, do ex-presidente Lula e da senadora Marta
Suplicy (PT-SP), que entrou na campanha, o credencia para disputar o 2º
turno com Russomanno.
Melhor, agora, que José Serra viajou de vez num ônibus, com essa sua
história de que os adversários estão propalando nos coletivos da capital
que ele vai deixar a prefeitura de novo caso se elegesse. A candidatura
José perdeu de vez o rumo e a rota.
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