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Por Altamiro Borges

Desta forma, ela confessa que o julgamento do chamado
“mensalão” tem objetivo político-eleitoreiro e foi cronometrado para atingir seu
ápice exatamente nas vésperas das eleições municipais. O ministro Joaquim
Barbosa, que no passado era estigmatizado pela mídia, agora virou o novo herói
nacional. Ele é a única “autoridade” que pode salvar a oposição demotucana do
seu total definhamento. Com seu ódio inquisidor contra o PT, a estrela do STF é
hoje o “grande aliado de Serra” e de outros candidatos do PSDB, DEM e PPS no
país.
A visão elitista de Cantanhêde
Para a jornalista da Folha, o grande embate que se trava hoje
se dá entre os defensores da ética e os “governos petistas, só eles, que salvam
os pobres deste país” – alfineta em tom de ironia. “Em Brasília, ontem,
enquanto Joaquim Barbosa dizia que fatos, testemunhas e reuniões palacianas
colocam Dirceu, chefe da Casa Civil de Lula, ‘em posição central da organização’
que comprava partidos e parlamentares no Congresso, o governo anunciava
convenientemente a redução de 40% do número de miseráveis”.
Do ContrapontoPIG
Cantanhêde afirma que este embate definirá o resultado das
eleições. “O grande aliado de Serra é o carismático Joaquim Barbosa desfiando
os podres do PT... O maior empurrão de
Haddad vem de Lula, Dilma, Lewandowski e da palavra-chave: ‘pobres’. A inclusão
social da era Lula é uma realidade, mas contrapor mensalão a programas para
pobres não deixa de ser uma atualização sofisticada e subliminar do ‘rouba, mas
faz’ de Adhemar de Barros, que parece sobreviver a tudo e a todos”.
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