sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Barbosa é “o grande aliado de Serra”

 
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Por Altamiro Borges


Eliane Cantanhêde, colunista da Folha, não se contém. Na eleição presidencial de 2010, ela virou motivo de chacota nas redes sociais ao protagonizar um vídeo em que elogiava a “massa cheirosa” do PSDB num evento de apoio ao eterno candidato José Serra. Hoje, em novo lapso de sinceridade, a abnegada militante tucana confirmou o que muitos já sabiam: “O grande aliado de Serra é o carismático Joaquim Barbosa desfiando os podres do PT e condenando a antiga cúpula partidária”.

Desta forma, ela confessa que o julgamento do chamado “mensalão” tem objetivo político-eleitoreiro e foi cronometrado para atingir seu ápice exatamente nas vésperas das eleições municipais. O ministro Joaquim Barbosa, que no passado era estigmatizado pela mídia, agora virou o novo herói nacional. Ele é a única “autoridade” que pode salvar a oposição demotucana do seu total definhamento. Com seu ódio inquisidor contra o PT, a estrela do STF é hoje o “grande aliado de Serra” e de outros candidatos do PSDB, DEM e PPS no país.

A visão elitista de Cantanhêde

Para a jornalista da Folha, o grande embate que se trava hoje se dá entre os defensores da ética e os “governos petistas, só eles, que salvam os pobres deste país” – alfineta em tom de ironia. “Em Brasília, ontem, enquanto Joaquim Barbosa dizia que fatos, testemunhas e reuniões palacianas colocam Dirceu, chefe da Casa Civil de Lula, ‘em posição central da organização’ que comprava partidos e parlamentares no Congresso, o governo anunciava convenientemente a redução de 40% do número de miseráveis”.

Do ContrapontoPIG

Cantanhêde afirma que este embate definirá o resultado das eleições. “O grande aliado de Serra é o carismático Joaquim Barbosa desfiando os podres do PT... O maior empurrão de Haddad vem de Lula, Dilma, Lewandowski e da palavra-chave: ‘pobres’. A inclusão social da era Lula é uma realidade, mas contrapor mensalão a programas para pobres não deixa de ser uma atualização sofisticada e subliminar do ‘rouba, mas faz’ de Adhemar de Barros, que parece sobreviver a tudo e a todos”.

A jornalista da Folha não esconde seu entusiasmo com a “massa cheirosa” do PSDB. Para ela, a oposição demotucana – composta por vários políticos mais sujos do que pau de galinheiro – seria a expressão da ética e teria em Joaquim Barbosa o seu patrono. Ela insiste em omitir a privataria tucana, o mensalão tucano – que ela chama de mensalão mineiro –, entre outras maracutaias da direita nativa. Já os “governos petistas” e as forças de esquerda seriam “populistas”, com sua “palavra-chave: ‘pobres’”. Que nojo dos pobres! 
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