sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Lattuf na lista de caçador de nazista


Lattuf israel
A mesma ONG israelense que já afirmou que o PT é cúmplice do nazismo, quando o PT classificou a ofensiva contra a Palestina de Terrorismo de Estado (aqui), agora coloca Lattuf como um do principais antissemitas do mundo. Isto porque o cartunista denuncia os horrores patrocinadas e realizados por Israel contra vários povos, especialmente os palestinos.
Benjamin Netanyahu 
O rabino estaudinense Marvin Hier já havia classificado Lattuf como “quase pior que antissemita”, devido a uma charge em que retrata o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu torcendo uma criança palestina morta, que por sua vez verte votos em uma urna. (aqui)
Segundo o Wikipedia “a organização leva o nome do mais conhecido “caçador de nazistas“, Simon Wiesenthal, que detectou várias pessoas que estiveram envolvidas aos crimes do nacional-socialismo levando-as à justiça. O Centro é guiado pelo rabino Marvin Hier, decano e fundador do mesmo, tendo como co-fundador o rabi Abraham Cooper e como atual administrador Meyer May.”
gaza e israel
Recebo com tranquilidade a citação de meu nome numa lista dos "10 mais antissemitas" pelo Centro Simon Wiesenthal. A organização, que leva o nome de um célebre caçador de nazistas, sob o argumento da proteção aos direitos humanos e combate ao antissemitismo, promove a agenda da política israelense.
A minha charge que acompanha o relatório mostra o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu tirando proveito eleitoral dos recentes bombardeios a faixa de Gaza (o ataque foi realizado a 2 meses das eleições em Israel). Em novembro desse ano, o rabino Marvin Hiers, fundador do Centro Simon Wiesenthal, me acusou publicamente na Internet de ser "pior que antissemita" por fazer tal crítica através do desenho.
Não é por acaso que meu nome foi citado junto com o de diversos extremistas e racistas. É uma estratégia do lobby pró-Israel associar de maneira maliciosa críticas ao estado de Israel com ódio racial/religioso, numa tentativa de criminalizar a dissidência.
Crítica ou mesmo ataque a entidade política chamada Israel não é ódio aos judeus porque o governo israelense NÃO representa o povo judeu, assim como nenhum governo representa a totalidade de seu povo. Essa não foi a primeira e nem será a última vez que tal incidente acontece, e por entender que tais acusações são orquestradas por quem apoia a colonização da Palestina, seguirei com minha solidariedade ao povo palestino.
Carlos Latuff
Rio de Janeiro
28 de dezembro de 2012

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