domingo, 30 de dezembro de 2012

Pleno emprego em 2013: promessa ou realidade?


IBGE apurou taxa de desemprego de 5,6% entre janeiro e novembro, a menor das últimas décadas; Ministro do Trabalho diz que "a perspectiva que se abre é a melhor"; Brizola Neto vê a economia girando em ritmo de crescimento de 3% ao ano; chuvas e trovoadas econômicas previstas para 2013 deixarão essa promessa ficar de pé?
Vladimir Platonow_Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O emprego continuará em alta no Brasil em 2013 com a perspectiva positiva do cenário econômico, que deverá ter crescimento no Produto Interno Bruto (PIB) maior do que o registrado em 2012. A avaliação foi feita hoje (29) pelo do ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, que aposta na manutenção das baixas taxas de desemprego do país, cuja média de janeiro a novembro de 2012 alcançou 5,6%, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"A perspectiva que se abre é a melhor, até porque nós tivemos um ano, do ponto de vista econômico, que não foi dos melhores, mas conseguimos manter a taxa de desemprego em níveis que nunca tínhamos visto na história do país. Nas regiões metropolitanas tivemos índices de pleno emprego, apesar da intensa crise internacional. A expectativa é que se consiga aquecer ainda mais o mercado de trabalho, atingindo o pleno emprego também no resto do país", disse o ministro.

Brizola Neto reconheceu que a crise global afetou com mais força a indústria nacional, mas disse que informações preliminares apontam para uma retomada no crescimento. "Esses dois últimos anos foram duros para a indústria, mas os indicadores do último trimestre são alentadores, mostrando que a economia já começa a girar em torno de 3%, o que é animador para o próximo ano. O aquecimento vai demandar mão de obra e por isso é importante garantir qualificação aos trabalhadores e competitividade à economia, agregando conhecimento, tecnologia e inovação", declarou.

O ministro falou à imprensa ao chegar para o velório do pai, José Vicente Goulart Brizola, falecido ontem (28) aos 61 anos. Ex-deputado federal, era filho do ex-governador Leonel Brizola. A deputada estadual do Rio Grande do Sul Juliana Brizola (PDT), filha de José Vicente, esteve no velório e ressaltou o lado artístico do pai, que era músico e acabou entrando na política por influência da família. "Meu pai nasceu em uma família de políticos, mas na verdade era músico. Essa era a grande paixão da vida dele", disse Juliana.

O vereador do Rio Leonel Brizola Neto (PDT) ressaltou que o pai sofreu muito durante o período da ditadura militar, quando o avô Leonel Brizola foi obrigado a se exilar, para escapar da perseguição dos militares que tomaram o poder no país. "Meu pai sofreu as agruras de uma ditadura militar duríssima, que machucou muito a família. Ele viu toda a perseguição ao pai dele, que não podia voltar ao próprio país, o que deixou cicatrizes para a sempre", destacou o vereador.

O corpo do ex-deputado José Vicente será cremado e as cinzas levadas para o mausoléu da família Goulart, em São Borja (RS), onde também estão sepultados o ex-presidente João Goulart e o ex-governador Leonel Brizola. Entre as inúmeras coroas de flores colocadas à entrada do velório, estava uma enviada pela presidenta Dilma Rousseff.
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