Você não constroi uma sociedade decente com gente egoísta, tacanha e mesquinha como ele
No Diário do Centro do Mundo
Depardieu rasgou sua biografia.
Fugir do imposto na França foi um ato extraordinário de mesquinharia e de pequenez de espírito.
Que ele pensa? Que vai levar com ele no caixão sua fortuna? Ou que
faltará em vida dinheiro para ele se empanturrar e saciar sua gordura
patética?
Um passo ruim leva a outro, e nas últimas semanas Depardieu tem aparecido ao lado de pessoas de merecida má fama.
Por exemplo, Gulnara Karimova, 40 anos, a filha do ditador do
Usbequistão, um homem acusado de cozinhar em água fervente os opositores
do regime. Nos telegramas da diplomacia americana vazados pelo
Wikileaks, ela foi descrita como “a pessoa mais odiada” do país.
Gulnara é suspeita de participar em esquemas de extorsão que seu pai
impõe às empresas multinacionais interessadas em fazer negócios no
Usbequistão.
Recentemente, isso foi tema de um documentário de uma emissora da
Suécia, que mostrou o caminho obscuro percorrido pela maior empresa
sueca de telecomunicações para operar no Usbequistão.
Gulnara é cotada para substituir seu pai.
Ela tem um lado artístico também. Canta sob o codinome de Googoosha. No
final de ano, Depardieu fez um dueto com ela. Depardieu deve ser o
protagonista também de um filme baseado num roteiro assinado por
Gulnara.
Você não constrói uma sociedade harmoniosa com pessoas egoístas e
deletérias como Depardieu. Ele é o antiescandinavo por excelência.
A França fica melhor sem ele.
Definitivamente.
Paulo NogueiraNo Diário do Centro do Mundo
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