Chegou-se a um ponto de incongruência e desfaçatez dessa péssima imprensa que eu pensei que o senador Renan Calheiros e o deputado Henrique Alves em vez de assumirem seus respectivos cargos fossem imediatamente para a prisão
Todo mundo sabe, até um recém-nascido, que a imprensa de negócios
privados e ideologicamente de direita combate o desenvolvimento do povo
brasileiro porque não quer a sua emancipação e, consequentemente, sua
autonomia, bem como a autodeterminação do Brasil e de qualquer país cujo
governante questione a ordem estabelecida pelos grandes trustes
internacionais.
Isto acontece porque no Brasil, ao contrário do que acontece nos países
considerados desenvolvidos e em países a exemplo de Argentina, Venezuela
e Equador, o monopólio no setor econômico de comunicação é dominado
pela oligarquia midiática composta por apenas seis famílias, que tratam o
povo brasileiro como inapto e incompetente, além de considerarem o
Brasil de 200 milhões de habitantes e dono de um PIB que ultrapassa os
R$ 4 trilhões como se fosse o quintal da casa delas.
As estratégias calculistas dos órgãos de comunicação comerciais e
privados de desvalorizar e desqualificar os políticos e as instituições
nacionais são sistematicamente e incansavelmente difundidas e
repercutidas junto à população. O propósito desse processo perverso é o
de subverter a ordem institucional e enfraquecer o papel do cidadão
eleito pelo povo e nomeado para exercer a autoridade que lhe é conferida
e por isso constitucional. A imprensa burguesa quer intervir nas
instituições republicanas e, por conseguinte, pautar a vida política e
jurídica do País e dessa forma ter seus interesses políticos e
ideológicos atendidos, bem como seus negócios financeiros concretizados.
Sei que muita gente não concorda comigo por questões meramente
ideológicas e até mesmo pessoais quando sou ofendido por leitores que
criticam até mesmo meu aspecto físico, o que é uma bobagem e insensatez,
porque o que está a ser discutido é o que queremos para o Brasil e o
que não queremos. Contudo, volto a dizer: a imprensa de negócios
privados e cartelizada não tem e nunca terá compromisso com o Brasil,
porque se trata de um setor alienígena, ou seja, sem pátria e
mancomunado com o establishment, que no decorrer dos séculos efetivou um
processo de desconstrução das identidades nacionais, baixou a estima
dos povos menos desenvolvidos, financiou a repressão aos movimentos de
libertação e até mesmo reivindicatórios, além de quando necessário
invadir militarmente os países cujos governantes não compartilharam de
sua cartilha, geralmente de conteúdo econômico e ideológico.
E a imprensa oligopolizada, de forma recorrente e por isso
inquestionável, sempre serviu como porta-voz das classes dominantes e
dos grupos capitalistas hegemônicos, que financiam e definem as receitas
econômicas de espoliação impostas pelo FMI e o Bird, e,
indubitavelmente, se necessário, a guerra. Simplesmente a guerra, modus
operandi de países como a Inglaterra, os EUA e a França, que, em vez de
respeitarem as leis internacionais, preferem jogar na sarjeta o respeito
ao diálogo e às decisões da ONU e optar pela diplomacia do porrete, a
fim de rapidamente terem seus interesses geopolíticos e econômicos
inapelavelmente concretizados.
Esses fatos e realidades acontecem também em âmbito doméstico —
nacional. E foi exatamente dessa forma que a imprensa alienígena deste
País se conduziu. Os barões dessa mídia historicamente golpista tentaram
desqualificar e judicializar o processo eleitoral do Congresso
Nacional, a dar sempre uma conotação de ilegalidade, a fazer ilações
maldosas e corrosivas aos candidatos às presidências do Senado e da
Câmara.
Chegou-se a um ponto de incongruência e desfaçatez dessa péssima
imprensa que eu pensei que o senador Renan Calheiros e o deputado
Henrique Alves em vez de assumirem seus respectivos cargos, pois eleitos
pela grande maioria de seus pares, fossem imediatamente para a prisão,
já que a os barões da imprensa e seus sabujos que ficam a falar por eles
e pelos cotovelos eram contrários às candidaturas dos dois políticos
integrantes do PMDB e por causa disso aliados do governo e do PT em
termos nacionais.
A imprensa das seis famílias formadoras de cartel e que combatem a
autodeterminação do Brasil e a democratização dos meios de comunicação
por intermédio da efetivação de um marco regulatório para as mídias faz
oposição ao Governo Federal no lugar dos partidos políticos
oposicionistas como, por exemplo, o PSDB — o partido que vendeu o Brasil
e ninguém foi preso. Os barões da imprensa, para quem não sabe,
apoiaram e foram cúmplices da ditadura mais cruel e longa que aconteceu
neste País: a ditadura militar (1964-1985) e hoje posam de democratas e
paladinos da liberdade de expressão e de imprensa. Seria cômico se não
fosse trágico.
A verdade é que esses grupos lutam pela preservação da liberdade de
expressão e de imprimir deles, o que não tem nada a ver com a democracia
e com o estado democrático de direito. E tem mais: sem dar direito de
resposta e sem se preocupar com o contraditório, ou seja, ouvir os lados
envolvidos em qualquer causa, acontecimento ou incidente. Essa gente
gosta de bater, mas não quer ser criticada e questionada. Derrotamos a
ditadura militar e vivenciamos a ditadura da imprensa. Os barões
midiáticos e seus bate-paus podem enganar setores da sociedade
brasileira por algum tempo e até mesmo por um longo tempo, mas não podem
enganar e distorcer a realidade para sempre. A imprensa privada
desqualifica as eleições do Congresso para engessar as ações de
desenvolvimento para o Brasil e o seu povo, além de ter por objetivo
maior imobilizar o Governo. É isso aí.
Do Blog O TERROR DO NORDESTE.
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