Graciela Yorio,
67, segura a foto do seu irmão Orlando, torturado pela ditadura argentina, na
sua casa em Buenos Aires
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Silvana Arantes, Folha de S. Paulo
“O papel que Jorge Mario Bergoglio
desempenhou no sequestro e na tortura pela ditadura militar argentina
(1976-1983) do padre Orlando Yorio ainda está por ser decifrado.
Que o agora papa Francisco use seu
irrestrito poder na igreja para liberar documentos que esclareçam
definitivamente qual foi sua atuação durante o regime militar é uma exigência
de Graciela Yorio, 67, irmã do padre.
"Não quero sujar a imagem do papa. Que
ele desfrute de seu poder. Mas exijo que a igreja nos ajude a encontrar a
verdade", afirma a argentina à Folha, em entrevista concedida em sua casa,
no extremo norte de Buenos Aires.
Particularmente, Graciela está convicta de
que Bergoglio delatou seu irmão aos militares como sendo próximo à militância
de esquerda, rotulando-o de "guerrilheiro".
Essa suspeita levou à prisão de Yorio, que
foi torturado no principal centro clandestino de detenção em Buenos Aires durante
a ditadura, a Esma (Escola de Mecânica da Marinha). "Meu irmão não tinha
dúvidas sobre isso. E eu acredito em meu irmão", afirma Graciela.”
Foto: Ignacio Sanchez
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