Brasil 247 – Incapaz de manter relações civilizadas com
seus pares no Poder Judiciário, o presidente do Supremo Tribunal
Federal, Joaquim Barbosa, mais uma vez, falou o que quis e ouviu o que
não quis. Ontem, numa reunião do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o
ministro novamente atacou colegas da magistratura, de forma
generalizada. “Há muitos (juízes) para colocar para fora. Esse conluio
entre juízes e advogados é o que há de mais pernicioso. E sabemos que há
decisões graciosas, condescendentes, fora das regras”, afirmou.
A resposta não tardou a chegar. “A imprensa divulgou que o ministro tem
uma namorada advogada. Como é que fica isso?”, indagou. Toldo refere-se a
Handra Amorim, de 24 anos, que, além de advogada, pretende prestar
concurso e seguir carreira no Supremo Tribunal Federal.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcus Vinícius Furtado,
por sua vez, foi irônico. “A ouvidoria da OAB está à disposição do
ministro Joaquim Barbosa e de quem quer que seja para denunciar casos de
lobby envolvendo advogados. A Ordem é contra qualquer tipo de relações
promíscuas e tem seu Código Ético Disciplinar para ser aplicado nesses
casos, não importa quem seja: advogados, filhos de advogados, parentes e
até amantes”.
No fim de fevereiro deste ano, Barbosa concedeu entrevista a jornalistas
estrangeiros e disse que os juízes brasileiros têm mentalidade
pró-impunidade. Em resposta, recebeu no dia 2 de março, uma nota de três
associações de magistrados, em que foi duramente criticado por sua
conduta “generalista”, “preconceituosa” e “desrespeitosa”.
Recentemente, ao ser questionado sobre essa nota pelo jornalista Felipe
Recondo, do Estado de S. Paulo, Joaquim Barbosa foi, mais uma vez,
Joaquim Barbosa. Chamou o jornalista de “palhaço” e o mandou “chafurdar
no lixo”. Ontem, ao comandar a reunião do CNJ, ele foi ele próprio:
Joaquim Barbosa.
Do Blog O TERROR DO NORDESTE.
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