“A inflação cai puxada pela redução das
contas de luz, o Banco Mundial dá seu aval às políticas sociais e o
"pibinho" de 0,9% reflete muito mais o passado do que o futuro
Menos de 1%. Precisamente, 0,9%. O
"pibinho" de 2012, divulgado na semana passada pelo IBGE, revigorou
os ânimos da oposição e, nos últimos dias, tanto o senador Aécio Neves
(PSDB-MG) como o governador pernambucano Eduardo Campos, do PSB, tentaram
demarcar espaços na corrida presidencial antecipada.
Apesar disso, quem continua avançando é a
presidente Dilma Rousseff. A primeira boa notícia da semana foi a queda da
inflação em São Paulo,
medida pelo IPC. Ela recuou de 1,15%, em janeiro, para 0,22%, em fevereiro. O motivo?
O pacote elétrico do governo federal que, embora bombardeado pela oposição,
produziu um poderoso ativo eleitoral para o PT.
Também na segunda-feira, Dilma obteve uma
segunda razão para comemorar. Em visita ao Brasil, Deborah Weitzel, diretora do
Banco Mundial, avalizou as política sociais que vêm sendo implementadas.
"O Brasil está mais avançado do que a maioria da América Latina e dos
países emergentes na distribuição de renda e nas políticas sociais", disse
ela, enfatizando que o Brasil se tornou um "exportador de ideias",
enquanto vários países regrediram. É justamente essa sensação de bem-estar
social que torna mais amena, para a população em geral, a travessia num ano
difícil, em que a economia cresceu num ritmo lento.
Ao falar sobre a crise internacional, Dilma
ressaltou que, no passado, quando o mundo desenvolvido resfriava, o País pegava
uma pneumonia. Hoje, a Europa está na UTI, os Estados Unidos fraquejam e mesmo
a China reduz seu ritmo de expansão. E o Brasil continua de pé. Além disso,
todos os primeiros sinais de 2013 indicam que a economia brasileira crescerá
pelo menos 3%. Nada brilhante, mas o suficiente para ainda manter o favoritismo
de Dilma.”
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