O ministro Marco Aurélio Mello, do STF,
mais uma vez entrou em rota de colisão com o presidente da corte,
Joaquim Barbosa; segundo Mello, prever prisões em julho, como fez
Barbosa, é "otimismo demais" ou apostar numa mudança de jurisprudência;
exemplo concreto é o do deputado Natan Donadon (PMDB/RO), que foi
condenado em 2010 e ainda está solto
247 - Pelo sistema penal brasileiro,
ordens de prisão só são exaradas após o trânsito em julgado das ações. E
isso ocorre após a análise de todos os embargos. Por isso mesmo, o
ministro Marco Aurélio Mello, mais uma vez, entrou em rota de colisão
com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, que, em
entrevista, afirmou que os réus da Ação Penal 470, como José Dirceu,
José Genoino e João Paulo Cunha, serão presos até o fim de junho. "É uma
visão, um prognóstico um pouco otimista", afirmou nesta sexta o
ministro Marco Aurélio Mello.
Mello usa como parâmetro o precedente do deputado federal
Natal Donadon (PMDB/RO), que foi condenado pelo STF em 2010 a 13 anos, 4
meses e 10 dias por formação de quadrilha e peculato. Ainda hoje, ele
está livre, porque a sentença não transitou em julgado. Ou seja: há uma
possibilidade concreta de que a conclusão dos processos relacionados aos
personagens da Ação Penal 470 seja ainda mais demorada, dada a
complexidade do caso.
De acordo com integrantes e assessores do Supremo, a
decisão somente será executada até julho, como estima Joaquim Barbosa,
se houver uma mudança na jurisprudência da Corte – o que é improvável.
Mas apressar o relógio do STF pode ser uma medida
estratégica para o atual presidente da corte, que, neste sábado, foi
lembrado pelo jornalista Merval Pereira, da Globo, como um potencial
candidato à presidência da República. No fim de semana passado, Barbosa
participou de um festival em Trancoso, na Bahia, onde foi aplaudido, ao
lado da namorada Handra, uma jovem advogada de 24 anos. Ela, por sinal, o
conheceu diante de uma banca de jornal, no Rio, quando disse ser sua
fã.
Um comentário:
na minha simples opinião o caso MENSALÃO vai até 2014 , mais uma tentativa do PIG JÁ QUE EM 2012 NÃO COLOU
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