segunda-feira, 18 de março de 2013

O passado do Papa argentino


Rui Martins, Direto da Redação
Jorge Mario Bergoglio, argentino, filho de emigrante italiano, foi rapidamente escolhido pelos 115 cardeais como o sucessor de Bento XVI. E impressionou pela simplicidade e pela maneira não convencional com que se dirigiu aos fiéis, postados diante da Basílica de Roma.
Ao escolher o nome de Francisco, estabeleceu uma ligação com Francisco de Assis, sacerdote católico, no século XIII, conhecido pela sua identificação com os pobres, Bergoglio confirmou o seu lado mais visível – o de um cardeal próximo do povo, que vive como as pessoas comuns num apartamento, usando o transporte coletivo para se locomover. Contam ainda que, nos encontros dos cardeais em Roma, Bergoglio preferia sempre ir se sentar nos últimos lugares, sem querer se impor nas primeiras fileiras.
Nisso, nessa vontade de identificação com os fiéis pobres, comentou um jornalista da televisão francesa, lembra a figura de Helder Câmara. Em termos doutrinários, ninguém deve dele esperar aberturas ou pronunciamentos diferentes de João Paulo II ou de Bento XVI, no que se refere à homossexualidade, à participação das mulheres no sacerdócio da Igreja, na questão dos anticoncepcionais ou do aborto.

Nenhum comentário: