O advogado Luís Roberto Barroso, indicado pela presidenta Dilma para o STF, está recebendo elogios à esquerda e à direita.
Não sou especialista em Direito, e torço para que o futuro ministro execute excelente trabalho e ajude a recolocar o STF nos trilhos da Constituição, de onde Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes o estão desviando.
Cheguei a ficar otimista, mas quando li postagem do Diário do Centro do Mundo desanimei. Fiquei sabendo que Barroso foi advogado da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (ABERT), o que há de mais reacionário e contrário à liberdade e difusão da informação e da comunicação.
Bom, dirá você, faz parte. Advogado só trabalha para bandido ou para quem é acusado de sê-lo (nada a ver com Correios, heim, direitosa. Seria o mesmo que confundir barbárie com Barbie...).
Mas a ABERT (leia-se Rede Globo, que é quem a comanda) defende o status quo, que a comunicação no país siga do jeito que está. Exatamente o oposto daquilo que espera a sociedade informada, que quer uma comunicação plural, não oligopolizada e livre.
Mas, voltando à defesa da ABERT pelo indicado Luís Roberto Barroso, o que é chocante é a imensa ignorância do advogado, a defesa tati-bitati que faz da reserva de mercado. É coisa para aluno da nona série derrubar num peteleco.
Olhem aqui o link indicado pelo DCM e confiram. Vou reproduzir apenas um trecho para mostrar o monstrengo e o raciocínio rasteiro da análise:
Entregar o jornalismo e a televisão ao controle estrangeiro poderia criar um ambiente de surpresas indesejáveis. No noticiário e na programação, teríamos touradas ou jogos de beisebol. Ou, quem sabe, de hora em hora, entraria em tela cheia a imagem do camarada Mao, grande condutor dos povos. Como matéria de destaque, uma reportagem investigativa provando que Carlos Gardel era uruguaio e não argentino. Pura emoção. À noite, um documentário defenderia a internacionalização da Amazônia.”
Uau! A íntegra do texto está aqui (em pdf) da página original de O Globo.
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