A notícia de que o deputado Leonardo Quintão, do PMDB, conseguiu as assinaturas para uma CPI sobre a Petrobras tem toda a pinta de um factoide na briga de setores do partido que vêem seus apetites contrariados.
É apenas uma manobra para manter a pressão do partido sobre Dilma
Roussef, o que se tornou, infelizmente, “normal” nas relações
partidárias da base aliada.
Manobra que, eles sabem, vai ter todo apoio da mídia, que não engole a
“mania” de querer que o petróleo brasileiro seja dos brasileiros.
Não há nada de obscuro na Petrobras que justifique uma CPI. Ao
contrário, se falta publicidade é sobre o sucesso e o potencial de uma
empresa que vai, em sete ou oito anos, duplicar toda a capacidade que
construiu ao longo dos 60 anos que completará em outubro, 60 anos de
imensos serviços ao Brasil.
A turma da grana, embora diga o contrário, sabe disso.
É por isso que a Petrobras completou, segunda-feira, a maior emissão de títulos corporativos da história nos mercados emergentes.
Vendeu nada menos que US$ 11 bilhões em títulos, com vencimento entre
2016 e 2043, pagando os menores juros entre os papéis já colocados no
mercado pela empresa: entre 2,1% e 5,7%, dependendo do prazo.
E mais venderia, se quisesse. A procura foi quase quatro vezes maior
que a oferta, porque os gringos não são bobos de acreditar nos nossos
“analistas econômicos”.
A CPI vai ficar na chiação da oposição. O PMDB, que é espertíssimo, vai
usá-la apenas como fator de pressão para cargos e para a votação que
realmente interessa. Porque, todos sabem, o comando de sua bancada não
engoliu a derrota imposta a Daniel Dantas na MP dos Portos.
Agora, se prepara para o segundo round em defesa do empresário, na votação do novo Código Mineral, que é onde moram os interesses dantistas.
No Tijolaço
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