quinta-feira, 23 de maio de 2013

Esqueçam o que escrevi, esqueçam de mim!


Na convenção do PSDB, em meio aos rosnados disparados por José Serra contra seu novo pupilo, Aécio Neves, Fernando Henrique Cardoso, entre outras, saiu-se com esta:
“O PSDB tem de estar próximo do povo,  Aécio. O povo precisa de carinho.”
Perto do povo? Carinho?
Fernando Henrique – e a grande imprensa – esqueceram que há dois anos, em abril de 2011, depois de uma nova tunda eleitoral, ele publicou um artigo – reproduzido com imenso destaque pelos jornais – em que recomendava que os tucanos “esquecessem o povão” e se voltassem para a classe média.
Como se vê, o ex-presidente continua praticando com afinco aquela regra do “esqueçam o que escrevi”.
Ou, traduzindo: “não levem a sério o que eu digo”.
Depois, o príncipe saiu-se com outra durante um debate realizado pela agência Reuters, em São Paulo:
“Eu não vou aparecer na hora da campanha. Não adianta nada o apoio de A, de B, ou de C… Na hora da campanha, é uma conversa do candidato com o País. Não pode ser uma disputa Lula versus FHC.”
Falta pouco para ele adotar aquela famosa frase do general Figueiredo: “eu quero que me esqueçam”.
Quase todo mundo já se esqueceu de Figueiredo. Já de FHC, a gente só não gosta de lembrar.
Mas vai, na hora de decidir se o Brasil segue crescendo ou volta para os tempos da tucanagem.

Por: Fernando Brito

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Do Blog TIJOLAÇO.

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