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Percy Shelley versus Ferreira Gullar
Paulo Nogueira
Shelley esteve sempre ao lado do povo, e Gullar é o oposto.
E lá vou eu para mais um trabalho tosco de tradução poética.
Não resisti.
Li versos de Percy Shelley, o grande poeta inglês da era da Revolução Industrial, e tive o impulso irresistível de vir para cá. Para o Diário.
Shelley não era apenas um mestre na arte de juntar palavras. Era um ativista, um homem inconformado com a desigualdade social de seu tempo.
Hoje, ele estaria alinhado com os “99%”, para usar a expressão consagrada pelo movimento Ocupe Wall Street e derivados mundo afora.
Shelley ficou tocado, em 1819, com o que passou para a história como o “Massacre de Peterloo”, em Manchester. Manifestantes – alguns falam em 50 000, outros em 150 000 — se juntaram no centro da cidade para pedir coisas como o sufrágio universal. Naqueles dias, apenas 3% dos ingleses podiam votar – os ricos, naturalmente.
A polícia dissolveu o encontro brutalmente. Montados em cavalos, espadas nas mãos, policiais investiram contra as pessoas. Foram dez minutos de derramamento de sangue, ao fim dos quais 500 manifestantes estavam feridos. Houve pelo menos quinze mortes.
Inspirado pelo massacre, Shelley escreveu:
Rise like lions after slumber
In unvanquishable number
Ye are many – they are few.
Coloquemos assim:
Levantem-se como leões depois de dormir
Num número que ninguém haverá de destruir
Vocês são muitos – eles são poucos.
Grande Shelley, o poeta dos humilhados e ofendidos, a voz lírica dos desfavorecidos.
Clap, clap, clap.
E agora consideremos o outro extremo da poesia: a pena a serviço do 1%.
E então vamos dar na indecente produção de artigos de extrema-direita produzidos por Ferreira Gullar.
Como é possível um artista ser tão antipovo como Gullar?
Com sua mentalidade retrógrada e agressiva, ele faria o elogio dos que fizeram o massacre de Peterloo, ao contrário de Shelley.
Shelley ficou. Gullar não ficará.
Shelley é uma glória. Gullar é uma vergonha.
Paulo Nogueira
Shelley esteve sempre ao lado do povo, e Gullar é o oposto.
O massacre de Peterloo |
Não resisti.
Li versos de Percy Shelley, o grande poeta inglês da era da Revolução Industrial, e tive o impulso irresistível de vir para cá. Para o Diário.
Shelley não era apenas um mestre na arte de juntar palavras. Era um ativista, um homem inconformado com a desigualdade social de seu tempo.
Hoje, ele estaria alinhado com os “99%”, para usar a expressão consagrada pelo movimento Ocupe Wall Street e derivados mundo afora.
Shelley ficou tocado, em 1819, com o que passou para a história como o “Massacre de Peterloo”, em Manchester. Manifestantes – alguns falam em 50 000, outros em 150 000 — se juntaram no centro da cidade para pedir coisas como o sufrágio universal. Naqueles dias, apenas 3% dos ingleses podiam votar – os ricos, naturalmente.
A polícia dissolveu o encontro brutalmente. Montados em cavalos, espadas nas mãos, policiais investiram contra as pessoas. Foram dez minutos de derramamento de sangue, ao fim dos quais 500 manifestantes estavam feridos. Houve pelo menos quinze mortes.
Percy Shelley |
Rise like lions after slumber
In unvanquishable number
Ye are many – they are few.
Coloquemos assim:
Levantem-se como leões depois de dormir
Num número que ninguém haverá de destruir
Vocês são muitos – eles são poucos.
Grande Shelley, o poeta dos humilhados e ofendidos, a voz lírica dos desfavorecidos.
Clap, clap, clap.
E agora consideremos o outro extremo da poesia: a pena a serviço do 1%.
E então vamos dar na indecente produção de artigos de extrema-direita produzidos por Ferreira Gullar.
Como é possível um artista ser tão antipovo como Gullar?
Com sua mentalidade retrógrada e agressiva, ele faria o elogio dos que fizeram o massacre de Peterloo, ao contrário de Shelley.
Shelley ficou. Gullar não ficará.
Shelley é uma glória. Gullar é uma vergonha.
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