“Dados divulgados hoje mostram a maior
queda no consumo de alimentos já registrada em quase dois anos no país; vendas
no varejo recuaram 1,3% em abril; imprensa inglesa, liderada pelo Financial
Times, tem feito críticas sistemáticas ao Brasil, onde há pleno emprego; jornal
aponta fuga de investimentos, mas realidade aqui é outra; para o ex-ministro
José Dirceu, jornais da Inglaterra viraram "alto-falante da oposição
brasileira"
Brasil 247
Duros críticos do modelo econômico
brasileiro, os ingleses vêm caindo no abismo. Dados divulgados nesta
quarta-feira 22 mostram que o país registrou uma queda inesperada nas vendas do
varejo em abril, liderada pela grande baixa na compra de alimentos, a maior em
quase dois anos. Os números revelam ainda uma fraqueza continuada nos gastos do
consumidor. No mês passado, o consumo teve uma retração de 1,3% comparada a
março – quando houve queda de 0,6%, de acordo com dados oficiais de Londres.
No Brasil, enquanto isso, a queda das
vendas no comércio varejista foi de apenas 0,1% em março, em comparação com
fevereiro, de acordo com o IBGE. Apesar de os números de abril ainda não terem
sido divulgados pelo Instituto, a expectativa já é bem mais animadora que a
Inglaterra. A grande imprensa no país, no entanto, representada pelo
tradicional Financial Times, está empenhada em desferir ataques ao Brasil. Nesta
semana, a tese foi de que o "bem-estar" vivenciado aqui é
"fachada" (leia mais).
Em artigo publicado na última segunda-feira, o jornal
britânico prevê a fuga de investidores do Brasil com a saída de Nelson Barbosa,
o número dois do ministério da Fazenda, da equipe econômica do governo em
julho. "A saída dele será apenas mais uma desculpa para que investidores
evitem um Brasil que já acreditam ser intervencionista", diz trecho do
texto. O artigo afirma que foi visto com "preocupação" o anúncio de Barbosa
de que deixaria o governo por "motivos pessoais".
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