quarta-feira, 22 de maio de 2013

Mal-estar na Inglaterra não é de fechada. É real


Dados divulgados hoje mostram a maior queda no consumo de alimentos já registrada em quase dois anos no país; vendas no varejo recuaram 1,3% em abril; imprensa inglesa, liderada pelo Financial Times, tem feito críticas sistemáticas ao Brasil, onde há pleno emprego; jornal aponta fuga de investimentos, mas realidade aqui é outra; para o ex-ministro José Dirceu, jornais da Inglaterra viraram "alto-falante da oposição brasileira"
Brasil 247
Duros críticos do modelo econômico brasileiro, os ingleses vêm caindo no abismo. Dados divulgados nesta quarta-feira 22 mostram que o país registrou uma queda inesperada nas vendas do varejo em abril, liderada pela grande baixa na compra de alimentos, a maior em quase dois anos. Os números revelam ainda uma fraqueza continuada nos gastos do consumidor. No mês passado, o consumo teve uma retração de 1,3% comparada a março – quando houve queda de 0,6%, de acordo com dados oficiais de Londres.
No Brasil, enquanto isso, a queda das vendas no comércio varejista foi de apenas 0,1% em março, em comparação com fevereiro, de acordo com o IBGE. Apesar de os números de abril ainda não terem sido divulgados pelo Instituto, a expectativa já é bem mais animadora que a Inglaterra. A grande imprensa no país, no entanto, representada pelo tradicional Financial Times, está empenhada em desferir ataques ao Brasil. Nesta semana, a tese foi de que o "bem-estar" vivenciado aqui é "fachada" (leia mais).
Em artigo publicado na última segunda-feira, o jornal britânico prevê a fuga de investidores do Brasil com a saída de Nelson Barbosa, o número dois do ministério da Fazenda, da equipe econômica do governo em julho. "A saída dele será apenas mais uma desculpa para que investidores evitem um Brasil que já acreditam ser intervencionista", diz trecho do texto. O artigo afirma que foi visto com "preocupação" o anúncio de Barbosa de que deixaria o governo por "motivos pessoais".
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