Prevaricador-geral Roberto Gurgel usou a jurisprudência do caso
Demóstenes: as provas são tantas, tão escandalosas e tão evidentes que
não podem ser reais. Assim como a total ausência de provas contra José
Dirceu é prova de que ele é culpado...
Sem perícia, Gurgel arquiva "mensalão" de Randolfe
Sem perícia, Gurgel arquiva "mensalão" de Randolfe
Ontem, no mesmo dia em que se alinhou com Gilmar Mendes na questão
dos partidos políticos, em favor de parlamentares como o senador
Randolfe Rodrigues (Psol-AP), que defendem o troca-troca de legendas, o
procurador-geral Roberto Gurgel mandou arquivar uma denúncia de
mensalão, com recibo, no Amapá; entre os beneficiários do esquema
estaria o próprio senador Randolfe, que, segundo o ex-presidente da
Assembleia, Fran Junior, recebeu depósitos de R$ 20 mil mensais; Gurgel
concluiu não ser crível que um parlamentar pudesse assinar recibos e por
isso avaliou que os documentos são falsos; será que o rigor do
procurador-geral é seletivo?
Brasil 247 - Em março deste ano, uma denúncia documentada,
formulada pelo ex-presidente da Assembleia Legislativa do Amapá, Fran
Junior, chegou à presidência do Senado Federal. Segundo ele, o
ex-governador do Amapá, João Capiberibe, do PSB, organizou um mensalão
no estado, que beneficiou vários deputados com depósitos de R$ 20 mil.
Entre eles, o próprio Fran Junior além do hoje senador Randolfe
Rodrigues (Psol-AP). Com a denúncia nas mãos, o presidente do Senado,
Renan Calheiros, encaminhou o caso à procuradoria-geral da República,
Roberto Gurgel.
Ontem, no entanto, após se manifestar sobre a criação de partidos,
alinhando-se com o ministro Gilmar Mendes, assim como ao grupo de
senadores, do qual Randolfe fez parte, que foi ao STF pedir pela
intervenção do tribunal no Congresso, Gurgel deu outra decisão favorável
ao senador amapaense. Ele simplesmente mandou arquivar a denúncia
formulada contra Randolfe, alegando não ser crível que um parlamentar
assinasse recibos.
Detalhe: no caso do chamado "mensalão", vários parlamentares assinaram
recibos no Banco Rural e a denúncia partiu de um ex-parlamentar – no
caso Roberto Jefferson. No "mensalão" amapaense, a denúncia é do
presidente da Assembleia, que, além do seu próprio testemunho,
apresentou os recibos. Será que o rigor de Gurgel, que não pediu nem
sequer uma perícia, é seletivo?
Leia mais em: Blog Sujo
Under Creative Commons License: Attribution
Também do Blog O Esquerdopata.
Nenhum comentário:
Postar um comentário