O BANQUEIRO E OS CRIMES
Os auditores do BC encontraram indícios de lavagem de dinheiro e evasão de divisas no Cruzeiro do Sul, presidido por Luis Octavio Azeredo Indio da Costa |
“O esquema montado pelo dono do banco
Cruzeiro do Sul, Luis Octavio Azeredo Indio da Costa, gerou um rombo de R$ 2,2
bi. Documentos relevam que o BC foi grampeado pelos banqueiros, que doaram R$ 12
milhões a políticos. O maior beneficiário foi José Serra
Claudio Dantas Sequeira e Josie Jerônimo,
ISTOÉ
Na última semana, ISTOÉ teve acesso a um
relatório exclusivo da Comissão de Inquérito do Banco Central com novas
revelações sobre a bilionária fraude do Banco Cruzeiro do Sul, que sofreu
intervenção em junho do ano passado e foi liquidado três meses depois. O
documento de 247 páginas revela que o esquema criminoso montado pelos
banqueiros Luis Felippe Indio da Costa e Luis Octavio Azeredo Indio da Costa,
pai e filho, foi ainda maior do que a Polícia Federal e o Ministério Público
tinham conseguido apurar. O banco contou ainda com a omissão de grandes
empresas de consultoria e até com um aparato de arapongagem que garantia acesso
a informações privilegiadas.
Na documentação, obtida com exclusividade
por ISTOÉ, pareceres e notas jurídicas revelam a incrível variedade de crimes
cometidos e o tamanho do golpe. Segundo o relatório, foram feitas 682 mil
operações de empréstimos fictícios – o dobro do que a PF e o Ministério Público
imaginavam. Os auditores do BC também concluíram que houve desvio de recursos
por triangulação e encontraram indícios veementes de lavagem de dinheiro e
evasão de divisas. O rombo deixado pela gestão fraudulenta dos Indio da Costa,
que era estimado em R$ 1,3 bilhão, ultrapassa os R$ 2,2 bilhões, conforme o
relatório do BC. Agora, a Polícia Federal quer saber se o dinheiro da fraude
teve como destino paraísos fiscais, contas de laranjas ou campanhas políticas,
como a do tucano José Serra. Nas eleições de 2006, 2008 e 2010, o Cruzeiro do
Sul doou quase R$ 12 milhões para políticos de diversas legendas. O partido
mais beneficiado foi o PSDB. Em 2010, o Cruzeiro do Sul injetou R$ 1,2 milhão
na campanha do vice de Serra, Indio da Costa, primo do presidente do banco.
Também doou R$ 1,8 milhão diretamente para o diretório nacional do PSDB,
principal cofre da campanha serrista. Outro R$ 1,3 milhão foi distribuído para
diretórios tucanos empenhados na campanha de Serra. A instituição buscava proteção
financiando políticos e mantinha uma boa relação com os tucanos. Ainda não é
possível afirmar, no entanto, que o dinheiro que acabou nas campanhas
eleitorais tenha vindo direto das operações fraudulentas dos banqueiros. Mas a
PF já investiga essa possibilidade."
Matéria Completa, ::AQUI::
Matéria Completa, ::AQUI::
Nenhum comentário:
Postar um comentário